Edição Agosto/Setembro Edição 396MM | Page 22

TECNOLOGIA & PROCESSOS Mineradora reduz custos com adoção de computação em nuvem A Jaguar Mining aponta redução nos custos ao adotar cloud computing. Roberto Piragibe, gerente geral da mineradora, ex- plica que a empresa analisava, dentre vários itens de flexibili- zação de seus gastos, cenários para seu datacenter: tudo local, fazer um hosting (aluguel) ou utilizar a nuvem. O projeto apresentado pela SGA foi a melhor solução técnica, com a migração para a computação em nuvem da Azure de soft- wares aplicativos. “Nossa maior preocupação era o ERP (RM da Totvs), o sistema mais utilizado pelos colaboradores da Jaguar. No final, a experiência para o usuário ficou melhor tanto na questão de velocidade quanto na usabilidade", conta ele. Com a migração para a nuvem, a mineradora, segundo Roberto Piragibe, está posicionada para que possa inovar mais e potencializar a redução de custo. Já iniciamos grupos de discussões que abordam tecnologias como IoT, analytics, dashboards inteligentes, BOT, smart sensors, colaboradores conectados, entre outros. Hoje, com a migração para nuvem, a Jaguar Mining passou a manter poucos servidores físicos. A decisão de migração para a nuvem foi tomada em julho de 2017, o projeto começou em agosto e o "go live" foi em novembro. “Ainda estamos ajustando a parte do quanto a gente real- Planta da Jaguar Mining em Caeté (MG) mente vai precisar da nuvem, mas a expectativa é de chegar em 20% de redução do custo recorrente, do OPEX, do custo mensal que a gente tem. A economia não é só em ativos de TI. A economia pode vir da equipe, do espaço físico, do aluguel, entre outros fatores”, explica o executivo. Roberto afirma que conseguiu mudar o foco da TI de data- center para o negócio. Ele acrescenta que a empresa pretende investir em inovação daqui para a frente e sem as tecnologias da nuvem não seria possível. Segundo a SGA, houve um processo de amadurecimento da transformação tecnológica que durou cerca de 18 meses. A empresa de TI explica que teve de apoiar a Jaguar desde o amadurecimento da cultura, a desmitificação sobre estar na nuvem até a execução e operação o datacenter. “Depois que o cliente estava maduro para realizar a jor- nada, fizemos um estudo detalhado e aprofundado, técnico e financeiro que pudesse mostrar ao cliente a viabilidade da mi- gração. Tivemos ainda um trabalho a quatro mãos para conse- guir identificar e construir um estudo financeiro viável”, conta Armindo Gabriel, CEO da empresa que implementou o projeto. Confiabilidade de projeto de tratamento de rejeitos Uma mina localizada em uma das zonas climáticas mais de- safiadoras no planeta. No inverno, o frio poderia congelar a tu- bulação que transportava o rejeito. No verão, o calor fazia com que a água do rejeito evaporasse. Com estas condições, a mina necessitava de um equipamento robusto para a separação sólido-líquido, possibilitando o reuso da água dos rejeitos para outros processos da planta. Além do equi- pamento, o cliente precisava de um parceiro confiável para testar e instalar o equipamento, com uma equipe capacitada para realizar o trabalho em um local remoto sob condições climáticas severas. Assim, oito filtros esteiras Andritz CPF 3000 SMX, incluindo equipamen- tos periféricos de floculação, foram adotados. A escolha foi motivada em parte pela performance superior em recuperação de água com sua capa- cidade contínua de espessamento e filtração, que possibilitou um CAPEX 22 | Agosto / Setembro 2018 40% menor e OPEX 10% menor, comparado com tecnologias tradicionais. “Na mineração, as tecnologias de separação sólido-líquido são capazes de transformar uma barragem de rejeitos em água de reuso para a mineradora. Como exemplo de tecnologias para este fim, podemos citar os filtros prensa, espessadores, filtros esteira, entre outros”, explica Maurício Heinzle, diretor comer- cial da Andritz. A Andritz foi capaz de realizar todas as entregas dentro do prazo, mesmo com os desafios logísticos e técnicos ao longo do caminho. Hoje, a planta opera de forma contínua, eficaz e completamente protegida, com uma estrutura fechada contra as adversidades climáticas do local. Com a tecnologia e know-how Andritz, a planta economiza 3.12 milhões de m³/ano de água, em uma área onde este recur- so é limitado. O produto filtrado resulta em cerca de 260 t/h de torta seca com 28% de umidade residual. O projeto foi premiado com o “Best Technology of 2013” no Mining Journal Awards.