TECNOLOGIA & PROCESSOS
Mineradora reduz custos
com adoção de computação
em nuvem
A Jaguar Mining aponta redução nos custos ao adotar cloud
computing. Roberto Piragibe, gerente geral da mineradora, ex-
plica que a empresa analisava, dentre vários itens de flexibili-
zação de seus gastos, cenários para seu datacenter: tudo local,
fazer um hosting (aluguel) ou utilizar a nuvem.
O projeto apresentado pela SGA foi a melhor solução técnica,
com a migração para a computação em nuvem da Azure de soft-
wares aplicativos. “Nossa maior preocupação era o ERP (RM da
Totvs), o sistema mais utilizado pelos colaboradores da Jaguar. No
final, a experiência para o usuário ficou melhor tanto na questão
de velocidade quanto na usabilidade", conta ele.
Com a migração para a nuvem, a mineradora, segundo
Roberto Piragibe, está posicionada para que possa inovar
mais e potencializar a redução de custo. Já iniciamos grupos
de discussões que abordam tecnologias como IoT, analytics,
dashboards inteligentes, BOT, smart sensors, colaboradores
conectados, entre outros.
Hoje, com a migração para nuvem, a Jaguar Mining passou
a manter poucos servidores físicos. A decisão de migração para
a nuvem foi tomada em julho de 2017, o projeto começou em
agosto e o "go live" foi em novembro.
“Ainda estamos ajustando a parte do quanto a gente real-
Planta da Jaguar Mining em Caeté (MG)
mente vai precisar da nuvem, mas a expectativa é de chegar
em 20% de redução do custo recorrente, do OPEX, do custo
mensal que a gente tem. A economia não é só em ativos de TI.
A economia pode vir da equipe, do espaço físico, do aluguel,
entre outros fatores”, explica o executivo.
Roberto afirma que conseguiu mudar o foco da TI de data-
center para o negócio. Ele acrescenta que a empresa pretende
investir em inovação daqui para a frente e sem as tecnologias
da nuvem não seria possível.
Segundo a SGA, houve um processo de amadurecimento
da transformação tecnológica que durou cerca de 18 meses.
A empresa de TI explica que teve de apoiar a Jaguar desde o
amadurecimento da cultura, a desmitificação sobre estar na
nuvem até a execução e operação o datacenter.
“Depois que o cliente estava maduro para realizar a jor-
nada, fizemos um estudo detalhado e aprofundado, técnico e
financeiro que pudesse mostrar ao cliente a viabilidade da mi-
gração. Tivemos ainda um trabalho a quatro mãos para conse-
guir identificar e construir um estudo financeiro viável”, conta
Armindo Gabriel, CEO da empresa que implementou o projeto.
Confiabilidade de projeto de tratamento de rejeitos
Uma mina localizada em uma das zonas climáticas mais de-
safiadoras no planeta. No inverno, o frio poderia congelar a tu-
bulação que transportava o rejeito. No verão, o calor fazia com
que a água do rejeito evaporasse.
Com estas condições, a mina necessitava de um equipamento
robusto para a separação sólido-líquido, possibilitando o reuso da
água dos rejeitos para outros processos da planta. Além do equi-
pamento, o cliente precisava de um parceiro confiável para testar
e instalar o equipamento, com uma equipe capacitada para realizar
o trabalho em um local remoto sob condições climáticas severas.
Assim, oito filtros esteiras Andritz
CPF 3000 SMX, incluindo equipamen-
tos periféricos de floculação, foram
adotados. A escolha foi motivada em
parte pela performance superior em
recuperação de água com sua capa-
cidade contínua de espessamento e
filtração, que possibilitou um CAPEX
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Agosto / Setembro 2018
40% menor e OPEX 10% menor, comparado com tecnologias
tradicionais.
“Na mineração, as tecnologias de separação sólido-líquido
são capazes de transformar uma barragem de rejeitos em água
de reuso para a mineradora. Como exemplo de tecnologias para
este fim, podemos citar os filtros prensa, espessadores, filtros
esteira, entre outros”, explica Maurício Heinzle, diretor comer-
cial da Andritz.
A Andritz foi capaz de realizar todas as entregas dentro do
prazo, mesmo com os desafios logísticos e técnicos ao longo
do caminho. Hoje, a planta opera de forma contínua, eficaz e
completamente protegida, com uma estrutura fechada contra
as adversidades climáticas do local.
Com a tecnologia e know-how Andritz, a planta economiza
3.12 milhões de m³/ano de água, em uma área onde este recur-
so é limitado. O produto filtrado resulta em cerca de 260 t/h de
torta seca com 28% de umidade residual. O projeto foi premiado
com o “Best Technology of 2013” no Mining Journal Awards.