COL UN A
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G E ÓLOG O
na bateria, o qual têm sido progressivamente reduzido (US1.000/
KwH em 2010 para US175/KwH em 2018). A Tesla tem como meta
produzir baterias íon-lítio ao custo de US$100/KwH em 2020
A Figura 2 (adaptada de Goonan, 2012) mostra a evolução de
vendas de baterias recarregáveis no período entre 1991 a 2007
(China iniciou programa de produção de VEs em 2009).
Considerando-se que o tempo médio para colocar em produ-
ção uma nova mina (greenfield) é de 7 a 10 anos (dependendo do
país) e, admitindo-se também que as demandas por commodi-
ties para se produzir baterias e pilhas cresçam de acordo com as
projeções do mercado, haverá déficit nas ofertas globais de lítio,
cobalto, manganês (cátodos) e grafita (ânodos).
Segundo Metal Bulletin, as cotações de lítio saltaram de US$
8/kg em junho/2015 para US$ 26,18/kg em dezembro/2017.
Nesse período, a cotação de cobalto passou de US$ 13,50/lb
para U$ 43,70/lb (www.metalbulletin.com). Esse cenário explica
o movimento de empresas (produtores tradicionais e novos em-
preendedores) buscando espaço nesse mercado.
Fontes de lítio na natureza são os minerais/silicatos (espodume-
nio e lepidolita) em pegmatitos e depósitos de salares/brines (cloreto
de lítio). Gasta-se mais energia (custo maior) para produção de carbo-
nato de lítio a partir de pegmatitos - se comparado a salares/brines.
A Tabela 1 lista novos projetos de Lítio (pegmatitos e salmou-
ras) em início de produção no ano de 2018.
Para cobalto, as respostas do mercado - para novas ofertas
- estão relacionados a duas operações relevantes: a primeira é a
retomada da Glencore Kamoto (fechada em 2015) e a segunda,
é o início da operação para extrair cobalto de tailings (com capaci-
dade para 20.000 t/ano) gerados na década de 1950 - Roan Tailing
Treatment - da ERG, na República Democrática do Congo (RDC).
O aumento de demanda para aparelhos eletrônicos portáteis
e, particularmente, VEs, alavanca o setor de reciclagem de bate-
rias. A reciclagem de baterias descartadas (VEs) poderá respon-
der por 50% do volume de lítio necessário para produção de no-
vas baterias em 2040 (Gaines, 2009). A reciclagem não recupera
somente lítio, mas também metais como cobalto e níquel.
Rotas para reciclagem de baterias (todos os tipos) via proces-
sos pirometalúrgicos e hidrometalúrgicos (Tabela 2).
Existem leis, em diversos países, que proíbem o descarte de
baterias em aterros para lixos sólidos por razões de segurança,
saúde e meio ambiente. Dessa forma, programas de reciclagem
de baterias estão em franca evolução visando recuperar e reu-
tilizar insumos importantes como cobalto, lítio, níquel, manga-
nês (cátodos), flúor (eletrólito) e alumínio (invólucros). Borras de
carvão (anodos) podem ser aproveitados na construção civil ou
construção de estradas.
No Brasil, o descarte de baterias é regulamentado pela Reso-
lução CONAMA 401, de 2008, que estabelece os limites máximos
de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercia-
lizadas no território nacional, e os critérios e padrões para o seu
gerenciamento ambientalmente adequado.
Nota: Para as pilhas e baterias não contempladas nesta Resolu-
ção, deverão ser implementados, de for-
ma compartilhada, programas de coleta
seletiva pelos respectivos fabricantes,
importadores, distribuidores, comer-
ciantes e pelo poder público e pela Políti-
ca Nacional de Resíduos Sólidos (art. 33
da Lei nº 12305/10 - legislação posterior
à Resolução Conama que também trata
dessa destinação e traz a logística re-
versa como
obrigação de
fabricantes,
importado-
res, distribui-
dores e co-
merciantes).
*Vitor Mirim é geólogo de exploração da VRM Geologia e Mineração
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Agosto / Setembro 2018