Edição 569 Julho/Agosto EDIÇÃO 569 | Page 36

F erro v ias Ferrogrão tem custo de R$ 12 bi O governo federal e o setor privado discutem ainda a melhor forma de viabilizar a EF-170, a chamada Ferrogrão. O projeto pretende promo- ver a saída pelo Norte do País da produção agrícola do Centro-Oeste, principalmente do Estado do Mato Grosso. De acordo com projeções do setor agrícola do Mato Grosso, as expor- tações de soja, farelo de soja e milho em toneladas são seguinte: 2030 = 57 milhões t e 2040 = 66 milhões t (em 2017, o realizado foi de 42 milhões t). Caso a Ferrogrão seja ativada, ela poderia ser responsável por 22% nas exportações em 2030 no Estado. O conhecido desbalanceamento da matriz de transportes brasileira, que privilegia o sistema rodoviário em detrimento a outros mais energicamente eficientes, como o ferro- viário e o hidroviário, gera desperdício logístico que chega a 5% do PIB brasileiro, ou US$ 100 bilhões/ano. Assim, a projeto da Ferrogrão teria importante papel para diminuir o desbalanceamento. Esses dados estão no estudo do projeto encomendado pelas empre- sas de comércio agrícola ADM, Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus, sob a responsabilidade da EDLP – Estação da Luz Participações. O estudo de viabilidade foi realizado contemplado análise de engenharia, diagnóstico ambiental e modelagens operacional, de demanda, financeira e jurídica, além de aerofogrametria e sondagens para a construção da Ferrogrão. De acordo com esse trabalho, a ferrovia teria 933 km ligando Sinop (MT), principal polo produtor agrícola do País, ao distrito de Miritituba, no município de Itaituba (PA), localizado às margens do rio Tapajós, na Bacia Amazônica, incrementando, de forma estruturada e sustentável, a compe- titividade agrícola em Mato Grosso e região Centro-Oeste. Seu traçado se estabeleceria em faixa de domínio e influência da rodovia BR-163. Pelo projeto, os principais produtos transportados no Ferrogrão se- riam soja, milho, fertilizantes e combustíveis. A capacidade da ferrovia alcançaria 58 milhões t/ano por sentido. A composição de trem teria 160 vagões e três locomotivas, com capacidade total de 15.782 toneladas. O investimento inicial calculado para o projeto é de R$ 12,6 bi- lhões, com contrato de concessão de 65 anos à empresa que a cons- truir e a operar. Atuação em complexa obra A JPA Engenharia Comércio e Montagens Industriais, 100% nacional, constituída em 1988, com certificação conforme norma ISO 9001:2015 e CRC para Petrobras, atua no mercado de prestação de serviço de construção e montagem eletromecânica industrial em diversos segmentos. Ao longo de 30 anos de história, com mais de 500 empreendimentos realizados, o recente projeto footprint, na Biersdorf, em Itatiba (SP), se destaca pela sua comple- xidade e importância, com ambiciosa meta para redução de emissão de CO 2 . Destacam-se nesse projeto os seguintes itens e atividades realizadas pela JPA engenharia: multidisciplinar composto pelas especialidades de mecânica, estruturas metálicas, tubulação, elétrica, instrumentação, automação e telecom; implemen- tação e atendimento aos requisitos Leed; processo de aquisição e diligenciamento, com emissão de re- latórios, de equipamentos, componentes, materiais e serviços através do mercado nacional e interna- cional, onde se ressaltam o sistema de proteção e 34 | | J u l h o /A g o s to 2018 • Rodovia Cuiabá-Santarém • Ferrogrão LOCALIZAÇÃO DOS VIADUTOS OAE KM Central TIPO Nome KM Início Vão (m) Fim Adotado 1 2,950 PS MT-220 - - 40 12 118,570 PI MT-320 118,550 118,590 40 15 147,120 PI MT-208 147,100 147,140 40 40 24 226,490 PI Av. Guarantã 226,470 226,510 37 442,905 PS BR-163 - - 40 39 483,180 PI BR-163 483,160 483,200 40 41 508,030 PS BR-163 - - 40 59 675,375 PS BR-163 - - 40 62 689,155 PS Estrada - - 40 69 796,160 PS BR-163 - - 40 77 893,455 PI BR-163 893,435 893,475 40 79 922,020 PI BR-230 922,000 922,040 40 combate a incêndio, incluindo sistema de detecção e alarme e componentes com certificação UL e FM Global; e diligenciamento do fornecimento de tanques de aço carbono, projetado e fabricado conforme ASME, incluindo avaliação do projeto, documentação técnica e inspeção com luz ultravioleta para verificação e validação do nível de limpeza requerido para operação. Além disso, destacam-se nesta obra diligenciamento do fornecimento de tanques de aço inox, também projetados e fabricados conforme ASME; fornecimento do sistema de ilumina- ção e proteção de descarga atmosférica em atendimento ao Leed; fornecimento do sistema de distribuição de força; fornecimento, diligenciamento e testemunho dos testes nos equipamen- tos fornecidos para subestação; fornecimento e montagem de sistema de instalação elétrica em atmosferas normal e explosivas; fornecimento de sistema de controle do PLC, incluindo desenvolvimento dos aplicativos apropriados e software com licenças necessárias para ope- ração da planta e interação com o sistema de parada de emergência (ESD), sistema HVAC, sistema de incêndio, sistema de controle de linha de enchimento e embalagem; aquisição de materiais para tratamento de superfície em atendimento aos requisitos LEED; avaliação de toda documentação técnica dos data books, em atendimento aos requisitos do projeto, desde o cer- tificado de composição química e propriedade mecânica ao prontuário dos vasos e tanques em atendimento à NR-13; qualificação e certificação do processo de soldagem e soldadores por TIG Orbital, conforme ASME, sendo aplicado os ensaios de exame visual, teste hidrostático (TH) e endoscopia industrial, com emissão de relatórios; e comissionamento e operação assistida.