Edição 567 Março/Abril 2018 | Page 16

H o s p i t a l Nove de Julho dobrou a área construída — com os serviços médicos em funcionamento Augusto Diniz Um dos maiores grupos hospitalares do País, a Rede Ímpar, realizou a ampliação de seu hospital, o Nove de Julho, em São Paulo (SP), conduzindo uma série de trabalhos de engenharia de complexa execução, sem interromper as operações do es- tabelecimento. Quem conta são os engenheiros do hospital Márcio Grossman e Wanderley Silva, e Antonio Carlos Mar- chini Jr., diretor de Obras da Afonso França. Para se entender o que se passou por lá, é preciso relatar as obras de ampliação promovidas recentemente no hospital – que estavam previstas de serem concluídas em maio de 2018. Destaca-se que o estabelecimento localiza-se numa região al- tamente adensada da capital paulista, na rua Peixoto Gomide. PRIMEIRA OBRA De 2014 a 2016, a construtora Afonso França construiu na mesma rua, ao lado da edificação hospitalar existente, um prédio de 17 andares, sendo oito subsolos, um térreo com pé direito duplo e mais oito pisos. A metragem da área construída foi de 20 mil m². Além de estacionamento no subsolo, o prédio passou a comportar 120 apar- tamentos para pacien- tes. De acordo com a construtora, os andares foram executados com estrutura convencional de concreto armado. A 16 | | A b r i l / M a i o 2018 principal dificuldade foram os subsolos, cuja escavação, escoa- mento de resíduos e concretagem tiveram que conviver com um desnível de 25 m entre a rua Peixoto Gomide e a movimentada avenida 9 de Julho abaixo, com atenção dobrada para evitar danos aos prédios da vizinhança e as questões relacionadas à logística no quadrilátero. SEGUNDA OBRA A partir de 2016, deu-se inicio a segunda grande inter- venção dentro do projeto de ampliação do hospital. Um an- tigo prédio de 15 andares pertencente ao hospital – usado como área administrativa – foi demolido. A demolição iniciou-se em janeiro de 2016 e foi con- cluída em julho do mesmo ano. A Afonso França, também responsável pela obra, explica que cada parte era alvo de um estudo profundo antes da demolição por que as outras edificações do complexo hospitalar mantiveram-se em ple- na operação. A construtora conta que a demolição foi mecanizada com ro- bôs, e controlada para garantir a segurança do hospital existente e em funcionamento, da circunvizinhança e dos passantes, além de operação silenciosa para não perturbar os pacientes e vizinhos. Assim, a técnica de demolição adotada foi realizá-la com máquinas de dentro da estru- tura, andar por andar, de cima para baixo. As- sim, reduziria consideravelmente o impacto.