Edição 564 Novembro/Dezembro OE_564_final | Page 6

R o d o v i a s / C o n ce s s õ e s Duplicação da Serra do Cafezal deve ser entregue no final desse ano A parte mais crítica demorou cerca de quatro anos em obras e abrange quatro túneis e 39 viadutos e pontes. Uma das maiores dificuldades foi a impossibilidade de se abrir caminhos de serviço, por conta da região possuir área remanescente da Mata Atlântica As obras de duplicação da Serra do Cafezal, no trecho paulista da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo (SP) a Curitiba (PR), devem ser entregues no final desse ano. A estrada é a principal interligação entre as regiões Sul e Sudeste, e na movimentação de mercadorias do País com o Mercosul. A concessionária Autopista Ré- gis Bittencourt, do grupo Arteris, informa que a duplicação garantirá uma viagem mais rápida e segura ao usuário. O trecho da ocorrência de ampliação na Serra do Cafezal fica nos municípios de Juquitiba e Miracatu, entre os km 337 e km 367. Dos 30,5 km do total previsto em contrato, 20 km já estão concluídos e liberados ao tráfego. A obra compreende quatro túneis, 39 viadutos e pontes. Foram implantados dois trevos em desnível de retorno e aces- so, além de outros dois retornos e uma caixa de escape, estes últimos em fase final de construção. Os quatro túneis estão localizados no km 348 (sentido São Pau- lo) e nos km 357, 360 e 361 (sentido Curitiba). Na altura do km 357 encontra-se o túnel de maior extensão, com aproximadamente 800 m, sendo que os quatro juntos somam 1,7 km. Os três túneis que são de descida (sentido Curitiba) já estão concluídos (túneis 1, 2 e 3) e o túnel de subida (sentido São Paulo – túnel 4) está em fase final de Um dos túneis construído no trecho acabamento, recebendo os equipamentos de automação e segurança. O sistema de escavação adotado nas obras dos túneis é o conven- cional NATM (New Austrian Tunnelling Method). A principal vanta- gem do método NATM é a liberdade para projetar diferentes formas e tamanhos de seções de escavação e aplicar sequências construtivas variadas, segundo a Autopista. Os maiores desafios do empreendimento já foram vencidos, uma vez que a obra está em fase final de sua conclusão. A concessionária destaca que a duplicação do trecho da Serra do Cafezal teve que ser executada por etapas, conforme as desapropriações e licenças foram obtidas. Assim, optou-se não por uma entrega total, mas por várias parciais conforme os trechos pudessem ir sendo liberados para uso. Dentre outros desafios, ressalta-se a topografia, o clima, o resíduo de Mata Atlântica e a presença de propriedades particulares na região, que exi- giram constantes revisões do projeto executivo e um diálogo intenso com os órgãos de controle, cujas decisões ou encaminhamentos, mui- tas vezes, estavam aquém das responsabilidades da concessionária. Somente em 2010 foi obtida licença parcial para início das obras. E, as licenças necessárias para a construção da parte mais crítica da obra só foram concedidas em 2013. Do ponto de vista técnico, a con- cessionária aponta que a obra foi construída sem pista reversa e, em muitos trechos, sem a possibilidade de se abrir caminhos de serviço. A obra tem previsão de conclusão e liberação das pistas novas duplica- das em dezembro de 2017. O investimento na duplicação é de R$ 1,3 bilhão. Os principais projetistas da obra foram as empresas Maffei Enge- nharia e Enescil Engenharia Projetos. Outras empresas envolvidas na construção foram: Toniolo Busnello, Ferrovial, Grupo Jorcal, Comsa, Arcadis Logos, MMR Engenharia, Air Less, RZF, C&K, Iasin, Crienge Engenharia e Muden Engenharia. ERRATA Na página 28 da edição 563 (setembro-outubro) de O Empreiteiro , na matéria intitulada “Projeto, fabricação e construção”, o nome correto da empresa é Tranen- ge Construções e não Tranenge Concessões, como foi publicado. Além disso, a empresa se posicionou em 18° lugar no Ranking Regional São Paulo Construtoras e não em 28° lugar, conforme apresentado na edição e página citadas. 6 | | N o v e m b r o / D e z e m b r o 2017