Edição 558 Fevereiro OE-558_WEB | Page 27

M o b i l i d a d e U r b a n a Aposta na “metrorização” e na “eletromobilidade” do ônibus Grupo sueco desenvolve alguns projetos nessas áreas Linha de 22,5 km em Curitiba (PR) permite a recarga da bateria do motor elétrico dos veículos nas estações de embarque e desembaque Augusto Diniz (semáforos e pontos de embarque e desembarque) e nas arrancadas até o veículo atingir 20 km/h. A partir O trabalho de criar faixas exclusivas para ônibus, daí, os dois motores funcionam de forma paralela. A estabelecendo corredores segregados nas vias urba- bateria do motor elétrico é alimentada pelas frena- nas, é chamado por técnicos do setor de transporte gens. A cada vez que se acionam os freios, a energia de “metrorização”, associando o veículo ao metrô de desaceleração é utilizada para carregar as bate- por conta do ganho de velocidade. A Volvo aposta rias. O modelo consome até 35% menos combustível.  neste segmento e desenvolve alguns projetos nessa Fabiano Todeschini Já os elétricos-híbridos é a segunda geração área apoiado na “eletromobilidade”. de ônibus híbridos e também possui dois motores. Fabiano Todeschini, presidente da marca sueca na América La- A diferença é que, além de recarregar a bateria durante as tina no segmento de ônibus também usa o termo “metrorização” frenagens, o veículo possui tecnologia que permite a recarga para designar a importância desse setor para a empresa, e vê o sis- rápida da bateria nos pontos de embarque e desembarque de tema com chance de crescimento devido ao custo: “Chega a ser 15 passageiros, o que dá mais autonomia para o veículo circular vezes mais barato (a implementação) do que o metrô”, sem com- no modo 100% elétrico. Por receber recargas rápidas, pode parar, entretanto, a capacidade de passageiros dos dois modais. operar no modo 100% até 10 km. O modelo reduz o consumo Ele cita alguns lugares com avançado desenvolvimento de de combustível e de emissão de gás carbônico em até 75%, em corredores segregados de ônibus, como Curitiba (PR), Bogotá comparação com o ônibus diesel convencional.  (Bolívia) e mais recentemente a cidade do Rio de Janeiro, com Uma das propostas da empresa nesta área é o CIVI (City Vehi- quatro projetos de Bus Rapid Transit (BRT), sendo três em ope- cle Interconnect), considerada por ela uma evolução do BRT, ope- ração plena. Nesse sistema, ganha força o modelo de “eletromo- rando com ônibus híbridos e ferramentas de conectividade, em bilidade”, que é a mobilidade urbana com ônibus eletrificados sua versão convencional e articulada. (híbridos e elétrico-híbridos) e os 100% elétricos – para a Volvo, A gestão da operação é feita pelo ITS4Mobility Volvo, com esse modelo é um caminho sem volta e mais de 2.700 veícu- terminais e estações conectados por fibra ótica, e veículos co- los eletrificados da marca estão em circulação todo o mundo. nectados por rede de dados, gerando ganho de eficiência e maior O ônibus híbrido tem dois motores, um movido a bateria e outro produtividade. Os terminais e estações terão painéis em LED com a diesel. O motor elétrico funciona quando os ônibus estão parados o horário em tempo real das chegadas e partidas. www.revistaoempreiteiro.com.br | 27