Dilemas Cristãos | Page 14

A VONTADE DE DEUS Tim Woodford Quando se trata de entender a vontade do Senhor na vida de um cristão, tentaremos examinar esse importante aspecto da vida cristã sob dois títulos: "Minha agenda" e "Minha atitude". Minha Agenda Às vezes, um crente está procurando entender a vontade do Senhor e como ela se relaciona com eventos passados – circunstâncias inesperadas, tristes ou mesmo devastadoras. A pergunta frequente é "Por quê?". Veremos as experiências excruciantes, mas inestimáveis ​de Jó. Em outros momentos, procuramos entender a direção do rumo de nossas vidas. Para entender melhor o "Onde?" quanto à direção futura do Senhor, examinaremos a jornada da vida de Abraão. Finalmente, para aqueles de nós perguntando "O quê" ou "Qual" a vontade do Senhor para si atualmente, consideraremos a missão e os movimentos de Paulo. Após os eventos iniciais do capítulo 1 (com foco em suas posses) e do capítulo 2 (visando sua pessoa), Jó abre sua boca no capítulo três. Seis vezes sucessivas ele pergunta "Por quê?". Ao longo de todo o livro, ele repetirá isso mais de 20 vezes. Em meio ao tumulto da insensatez dos amigos de Jó, o próprio Jeová se destaca pelo Seu silêncio até o capítulo 38. Do redemoinho, Ele faz a Jó mais de 70 perguntas, cada uma destinada a levá-lo à conclusão: "Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido", e à confissão, "falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia" (Jó 42:2-3). Não lemos sobre Jó recebendo uma explicação detalhada e divina para tudo o que aconteceu. Mais importante que isso, aprendemos que o propósito de um Deus soberano e onipotente será inevitavelmente alcançado, mesmo através das difíceis provações do nosso passado. Abraão é um exemplo de como seguir a vontade do Senhor, independentemente do que o futuro reserva. Em resposta ao chamado de Deus, ele obedeceu e "saiu, sem saber para onde ia" (Hebreus 11:8). A fé o capacitou, e também pode nos capacitar, hoje, a dar o próximo passo à luz da revelação divina, confiando em Deus quanto às trevas do futuro desconhecido. O morador de tendas procurou (sem ver) "a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hebreus 11:10). Quando Deus pediu que ele entregasse seu filho Isaque, colocando em risco a viabilidade do futuro da sua descendência, "aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito" e "considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar" (Hebreus 11:17- 18). As promessas anteriores e o poder presente de Deus para ressuscitar os mortos equiparam Abraão, não para entender o "onde" ou o "como" acerca do futuro, mas para confiar no "Quem". Paulo, na sua conversão, perguntou: "Quem és, Senhor?" A resposta impressionante, "Eu sou Jesus", causou sua rendição completa, como visto em sua segunda pergunta: "Senhor, que farei?" (Atos 22:10). Essa 14