Dilemas Cristãos | Page 12

IRA John Sharpe Quando nossos computadores travam, nossos compromissos são remarcados ou as pessoas vacilam, somos propensos a ficar com raiva. Mas ser incomodado não é uma razão moral para ficar enfurecido. Podemos reclamar por estarmos presos em um engarrafamento sem fim, mas sem justificativa, porque nenhum código moral foi violado. Os aborrecimentos e problemas da vida são amorais, mas nossas reações carnais a eles, incluindo a raiva injusta, são imorais. É um problema universal. Todos nós lutamos com a raiva. No entanto, toda vez que ficamos irritados, o Senhor nos desafia como desafiou Caim: "E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?" (Gênesis 4:6). Em outras palavras: "Você tem o direito moral de ficar com raiva? Sua reação é apropriada?". Se não conseguirmos responder adequadamente a essas perguntas, então, como Caim, enfrentaremos a perspectiva de relacionamentos quebrados e oportunidades perdidas que nos perseguirão pelo resto de nossas vidas (Gênesis 4:13). A raiva infundada e descontrolada vai minar seriamente nossa relação com a família, com a igreja e no trabalho ou na escola. A Palavra de Deus nos diz: "Irai-vos e não pequeis" (Efésios 4:26). Este versículo ordena que nos iremos justamente, ao mesmo tempo em que proíbe a raiva injusta. A ira justa flui do conhecimento de Deus e do amor por Sua santidade. Essa boa ira é contida e construtiva, e sempre busca abençoar os outros e honrar a Deus. Aplicada Adequadamente Nossa capacidade de nos irarmos está enraizada no fato de sermos criados à semelhança e imagem de Deus. A ira é uma emoção moral dada por Deus; uma coisa boa construída em nossa natureza humana. Devemos refletir a indignação de Deus frente à injustiça e ao pecado. Somos chamados a amar o que Cristo ama e a odiar o que Cristo odeia (Hebreus 1:9). Deveríamos ser motivados a intervir, decisiva e construtivamente, quando testemunhamos outros tentando afrontar os limites morais definidos por Deus. Se nossos filhos falam desdenhosamente com nossos cônjuges e reagimos com uma repreensão forte, mas controlada, deixamos claro que o comportamento desrespeitoso é errado e deve ser confrontado com firmeza. A ira divina expressa amor por nossos cônjuges e filhos. Ensina a nossos filhos o significado do pecado deles e mostra como eles devem reagir ao pecado de outra pessoa. Dentro da esfera de nossa responsabilidade, expressar a ira divina é a única resposta adequada ao verdadeiro erro moral. Omitida Pecaminosamente Talvez os coríntios não pensassem que o mundanismo, a imoralidade e a falta de ensino bíblico claro na igreja envolviam ou afetavam a eles ou suas famílias, por isso permaneceram a uma distância segura e não fizeram nada. Paulo lembrou-lhes que "um pouco de fermento faz levedar toda a massa" (1 Coríntios 5:6). Ele os alertou que seu conceito mundano de tolerância levaria à insensibilidade, cegueira espiritual e aceitação dos pecados alheios. Quando eles finalmente agiram com ira divina, no entanto, Paulo elogiou os coríntios, dizendo: "Quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que 12