Elia peattie (tradução de andré mendes)
muito inocentes e delicados.
Tornou-se grande consumidor de absinto, assim
como outras menos requintadas bebidas espirituosas, e
também um viciado no jogo, tudo com o simples propósito
de escapar à modorra.
À medida que os anos passavam evitava, com cada
vez maior desdém, aquela parte do mundo a que chamava de
filisteia, e convivia apenas com os companheiros que se
reuniam no bar de Jim O'Malley. Agradava-lhe a solidão, e a
maior parte das suas interacções eram apenas conversas de
circunstância.
Jim O'Malley era uma espécie de poema irlandês,
escrito para inspirar moderação. Era, de facto, um mecenas
hibérnico, que sabia não servir mau whisky a um homem de
talento, ou contar histórias banais a cavalheiros de espírito
mais arguto.
O discorrer das suas opiniões sobre política, e
outros assuntos da ordem do dia, tinham permitido a pelo
menos três homens o granjear de alguma reputação a nível
nacional. Um certo número de infelizes, daqueles cujas
opções os levavam a ir morrer no estrangeiro, hospitais ou
asilos, ao não terem ninguém para quem regressar,
relembravam Jim O'Malley, e todo o ambiente acolhedor a
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