Desfazer as confusões pd52 | Page 143

O mundo ficou mais complicado Silvio Queiroz J air Bolsonaro, com nova composição de forças, vai tomar posse na Presidência da República, em 1º de janeiro de 2019, e uma de suas responsabilidades será colocar o país em sintonia com um mundo em mutação frenética. Não é preciso ir longe no mapa-múndi, embora seja recomendável. A ordem das coisas, inclusive na esfera mais externa da geopolítica, está sob tensão máxima: qualquer movimento poderá ter alcance mais longo que a duração do governo. O novo presidente assume ao fim de um período em que o Brasil, depois de ter ensaiado uma presença mais destacada, em especial nos dois governos de Lula, retrai sua presença externa – a ponto de ela ser cobrada por parceiros das mais variadas origens e dos mais variados interesses. Nas últimas semanas, debruçamo-nos sobre o mundo que espera o próximo presidente, e transmitimos a seguir aspectos da delicada realidade do mundo, em suas várias dimensões. América do Sul A vizinhança imediata do Brasil vive nos últimos anos um processo de tensão em escalada relacionado à Venezuela. A crise política, econômica e social aguda no país, projetada para o subcontinente com a emigração em massa, transformou em 141