fundo, um guia de manutenção, de todos os aspetos que tenham a ver com os elementos de construção. Mediante acordo podemos fazer nós próprios essa vistoria.
Acha, então, que o futuro da construção é a reconstrução urbana?
Disso não tenho dúvida, pois o par-que habitacional e edificado já da-ria resposta à nossas necessidades de habitação e de espaço para ou-tras atividades. A manutenção, be-neficiação e optimização do patri-mónio edificado é decisivo, pois as edificações degradam-se e darão sempre prejuízo. Ninguém avalia os encargos que todos nós temos com uma cidade com um centro deserti-ficado. Todos nós pagamos para que um indivíduo que tem um edifício desabitado tenha água, esgotos, eletricidade, serviços de transpor-te, polícia etc. e se há um edifício que não está a utilizar estas infraes-truturas não está a fazer uma uti-lização eficaz de um investimento público. Os encargos que ele tem com aquele imóvel não são sufici-entes para custear tudo isso. A co-munidade tem o direito de ser res-sarcida desses encargos. Acaba por ser um proveito para o proprietário e um encargo para a comunidade. O proprietário não pode manter iner-te aquilo que é o bem patrimonial.
Entrevista | PERSONALIDADES |
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peração de património, muitas vezes esquecido e deixado de lado, e ao qual as pessoas tiveram de voltar porque se afigura um património importante sob o ponto de vista de valor ou de utilização. É necessário hoje olhar para o que existe, dar-lhe uma nova vida ou pelo menos mantê-lo com a “boca fora de água”. Criámos uma série de parcerias com colegas profissionais e fazemos, essencialmente, obras “Chave na Mão”. Resolvemos pro-blemas ou detetamos os mesmos, somos responsáveis pelo projeto, estudo, através das ferramentas informáticas, ponderamos vários cenários e fazemos o acompanha-mento da obra até ao momento da sua entrega. Deixamos, inclusiva-mente, um guia de conservação com determinadas recomendações que devem ser realizadas perio-dicamente pelo proprietário. No