Date a Home Magazine | Jul / Ago / Set 2014 | Page 82

não ou um sim, consigo aplicar aqui a minha outra paixão que é psicologia, estudar o comportamento humano, o que me faz sentir muito bem neste papel é poder dar aos concorrentes os conselhos certos para progressão deles no futuro, passar a minha experi-ência de vida e motivá-los para não desistirem e acreditarem na evolução, um artista é transparente, a vergonha, a timidez, todos os sentimentos passam para a voz, e às vezes as coisas não correm bem por esta mesma pressão mas não significa que não esteja ali uma voz gigante, e o meu conselho é não desistirem e terem a noção que todas estas falhas fazem parte de um processo de evolução. Esse crescimento é incrível e demora muito tempo. Sinto-me feliz na-quele papel.

Para terminar, “Eu quero simplesmente cantar” – já decidiu o caminho da sua felicidade? O viver na “Linha” é para si uma continuidade deste caminho?

A experiência de vida ajuda-nos a evoluir dentro do fado.

Felicidade não há sempre, temos momentos de muita felicidade, eu não vejo a vida como ter um sonho, a felicidade está nas pequenas coisas, nós não valori-zamos aquilo que temos. Temos sempre coisas boas e más, eu vivo muito o presente, por isso não crio expetativas e isso protege-me e responsabiliza-me. Começo o dia a refletir e acabo o dia da mesma forma, tento refletir o que foi bom e o que não foi bom. Mas esta refleçao permite-nos encontrar os pontos felizes desse dia e guardá-los. A Linha e o fado são o meu caminho!

REGIÕES | Arrendar A Linha Com Paixão | Entrevista

82