Date a Home Magazine | Jan / Fev 2014 | Page 60

da administração da Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Ao nível político, sempre esteve ao serviço do PSD, tendo desempenhado vários car-gos ao nível local, regional e nacional. Atualmente, com 54 anos, é diretor da Quinta da Ombria e Vereador da C.M.L.

O Hélder é um homem nascido e criado no Algarve e com ligações profundas a esta encantadora pro-víncia. Já se imaginou a viver noutro lugar?

Nunca me imaginei a viver fora do Algarve. Aliás, já por mais de uma vez tive propostas de trabalho fora do Algarve e nunca aceitei! Tenho o prazer de viver no melhor lugar do Mundo.

O seu percurso profissional é multifacetado, ten-do ocupado lugares de destaque na vida social e política com uma importância determinante para a região. Qual foi a experiência que mais o mar-cou?

Normalmente considero que o meu primeiro man-dato na Junta de Freguesia de Querença foi um dos mais marcantes. Pela proximidade e pela possi-bilidade de ajudar a resolver todo o tipo de pro-blemas a uma população muito carenciada.

Qual a que lhe deu mais prazer desempenhar?

Sem dúvida a Região de Turismo do Algarve. Ter a oportunidade de promover uma região como o Algarve, no país e fora dele, é uma experiência muito gratificante. E no fundo, tudo o que se passa no Algarve tem a ver com o Turismo, pelo que podemos intervir em diversas áreas.

Se pudesse voltar atrás teria feito tudo igual ou modificaria alguma coisa?

Não acho que modificasse quase nada. Eventu-almente teria apostado na formação após os 18 anos, altura em que optei por entrar no mercado de trabalho, só tendo concluído uma licenciatura aos 53 anos de idade. Mas considero que fiz o “mes-trado na escola da vida” o que me deu um prazer imenso.

Está atualmente ligado à Quinta da Ombria, que pretende implementar um projeto com 1700 camas turísticas, um Hotel e campo de golfe no interior algarvio, nas freguesias de Querença e da Tôr. Isso é um regresso às origens ou tem a ver com as imensas potencialidades do interior, que o Hélder sempre teve a visão de identificar?

Foi uma oportunidade excecional ter tido a possi- bilidade de me envolver num projeto que foi, se-guramente, o que mais tempo levou a aprovar no Algarve (26 anos) e ter conseguido, com a ajuda de várias pessoas, concluir a sua aprovação e licen- ciamento. Foi, por outro lado, uma oportunidade de manter a ligação ainda mais próxima à minha terra de origem. Nunca me afastei dela, só que nos últimos seis anos mantive-me ainda mais próximo.

Qual a valia socioeconómica que este empreendi- mento pode trazer para esta região?

Há muitos anos que ouço falar na revitalização do interior do Algarve e nomeadamente do Concelho de Loulé. Mas essa dinâmica só acontecerá quando forem criados postos de trabalho no interior e é essa uma das mais-valias deste projeto. Por outro lado, a dinamização do produto turístico do in-terior, com todas as valências que tem, poderá constituir uma complementaridade ao produto sol e praia, pelo que o combate à sazonalidade e a incrementação de outros produtos turísticos é uma mais-valia para o nosso Algarve.

Qual a importância que o turismo residencial tem para o futuro do mercado imobiliário no Algarve e sua sustentabilidade?

O turismo residencial é uma das alavancas muito importantes para qualquer destino turístico. Per-mite a fixação de mais residentes, novas áreas de negócio e a possibilidade de utilização dessas mes-mas residências no mercado de arrendamento tu-rístico. Por isso, e desde que as infraestruturas complementares estejam à altura (e hoje não tenho a menor dúvida de que estão, nomeadamente na área da saúde, segurança, acessibilidades, fisca-lidade, entre outras) teremos todas as condições para aumentarmos significativamente esta área de negócio.

O mercado do arrendamento tem aumentado e isso deve-se, entre outros, a fatores como a alter-nativa à compra de casa, impedida pelo difícil acesso ao financiamento bancário, dificuldades financeiras, perda do poder de compra e aumento da mobilidade profissional. Pode comentar?

Penso que é notório esse incremento e desde que a legislação esteja adaptada a ambos os interesses, pode igualmente constituir um incremento da ati-vidade da construção, pois o investimento no imóvel poderá ter uma perspetiva de retorno assegurado.

REGIÕES | Arrendar Algarve Com Paixão | Entrevista

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