Date a Home Magazine | Abr / Mai / Jun 2015 | Page 55

partida garantiu-lhes exclusividade de venda durante alguns meses, até ao lançamento físico do CD no circuito habitual de lojas.

A venda de discos físicos tem re-gistado uma quebra acentuada, enquanto as vendas em formato digital têm subido em "flecha", prevendo-se ser este o futuro da música. Com que olhos vê este futuro?

Para ser honesto, não vejo com bons olhos! Se é um fato que as ven-das físicas têm caído a "pique", a subida nas vendas digitais não é significativa ao ponto de compensar e/ou equilibrar a quebra nas vendas físicas! As pessoas simplesmente não compram o CD original, seja em digital ou físico, uma vez que, com um simples "clique" acedem aos sites pirata (ilegais) e descarregam os álbuns a custo zero!

Competir com isso é impossivel, e daí não ver com ótimismo o futuro dos musicos / artistas / editoras / autores / produtores portugueses!

Mais do que uma crise económica, ou até um problema tecnológico, é uma crise de valores!

Mas mais tarde acabou por lan-ça-lo na edição física, é sempre diferente ter o produto do nos-so trabalho nas mãos?

Sim, claro, eu ainda sinto aquela magia, aquele sentimento especial e único, ao folhear o livro, com as le-tras das canções, com a ficha técnica de cada canção, saber que músicos participaram, etc.. Ainda é um mo-mento que aprecio com carinho, e algum saudosismo, porque é cada vez mais raro!

Como define atualmente a mú-sica em Portugal e o apoio que a mesma tem tido pelos media?

A música em Portugal está, como sempre esteve nos últimos anos, en-

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