lado, a polícia civil tem a função de investigar, mas não consegue
apurar a enorme quantidade de delitos de menor complexidade.
Não dá tempo e não há recursos. A polícia civil não consegue
nem dar conta de construir processos de qualidade sobre os crimes mais complicados sob sua responsabilidade.
A polícia que prende não é a mesma que investi ga. São
duas polícias separadas, com atividades distintas. A que prende é
militar. A que investiga é civil. A que prende não tem atribuição
para investigar e a que investiga não tem alcance para prender.
O resultado é a falta de qualidade da investigação (inteligência,
inquérito, gestão).
É possível implantar práticas em que a polícia militar realize
etapas da investigação nos crimes simples, nos flagrantes etc.
Os municípios sofrem com esta separação completa de papéis.
Às vezes a única viatura da PM na cidade tem que se ausentar
durante horas para levar um suspeito a uma delegacia em outra
cidade para lavrar uma ocorrência.
Os municípios precisam se incorporar a essa discussão
junto aos deputados e aos governos estaduais para apresentarem suas sugestões e discutirem atividades complementares entre a polícia estadual e as guardas municipais, e outras pastas da
administração pública.
As guardas municipais também são um instrumento importante das cidades na prevenção do crime, da violência doméstica,
da ocupação desordenada do espaço público, da depreciação
dos bens públicos. Os guardas municipais podem cumprir funções articuladas com outras secretarias municipais, com as polícias estaduais, com a polícia rodoviária federal etc.
Segurança
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