ses casos podem ser resolvidos por agentes municipais de mediação de conflitos e por ações de prevenção. Imaginemos o
desperdício de deslocar viatura, policiais, tecnologia, para resolver casos banais do cotidiano. Nem tudo pode ser tratado
como caso de polícia.
É oportuno o país pensar novos conceitos sobre a segurança, como, por exemplo, nos formatos de polícia comunitária mais próxima da população, assim como na participação da
comunidade nas discussões sobre segurança. Porém, o formato militar da maior parte do contingente policial ainda inibe
a convivência entre a polícia e o cidadão. O policial militar de
hoje tem que ser tratado como um profissional especialista
em segurança pública. Não pode simplesmente ser submetido
a uma disciplina militar.
O policial militar trabalha dentro da comunidade, mas está
longe das pessoas. A prefeitura precisa trazer as instituições policiais para a discussão com a população, nos bairros, nas comunidades, nas organizações sociais. É comum ouvir nas comunidades
que “a PM é a polícia do povão”.
No entanto, outro fator de afastamento da população é a
falta de recursos disponíveis para equipar a tropa, assim como a
polícia civil. Ocorre com frequência um policial ter que comprar
seu material de proteção, como uniforme, botas, coletes e usar
seu celular pessoal, porque não recebe da instituição. São fatores
que desestimulam o policial a buscar envolvimento com as comunidades, porque se sente desvalorizado.
Por outro lado, no Brasil permanece o pensamento popular
preconceituoso, decorrente do período da ditadura, de que a polícia é uma corporação violenta. Há também uma percepção popular de que a polícia civil é “polícia de rico”. Este preconceito
diminui o apoio da sociedade à causa da polícia. Por exemplo, a
Segurança
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