As pessoas das cidades precisam ser estimuladas ao empreendedorismo e receber do poder público o apoio necessário para desenvolver mercados. É daí que deve vir a geração
de renda, e não do empreguismo na esfera pública, que incha
a máquina e faz aumentar as despesas em custeio, cujo real
gasto se esgota no ato da despesa, mas um real gasto em investimento e empreendedorismo tem a capacidade de se multiplicar por três, quatro, dez vezes, a depender do ramo de
atividade, e é isso que faz a economia crescer. Hoje em dia
60,3% dos servidores são estatutários, o que impacta diretamente seus custos fixos, enquanto 10,3% são celetistas e 8,5%
comissionados.
É nesse contexto que a gestão deve se organizar, também,
para desenvolver um plano estratégico de longo prazo da cidade,
com foco em seu desenvolvimento econômico, de acordo com
suas características e aptidões, voltado para o bem-estar e a qualidade de vida de seus cidadãos.
Por conta do desenvolvimento econômico mundial no setor de tecnologia, inovação, biotecnologia e nanotecnologia, e
que hoje gira em torno de US$ 1,2 trilhão em negócios, não se
pode desprezar a tecnologia como um elemento que deve perpassar todas as matrizes econômicas que os municípios possam
desenvolver, cada um com suas características.
Hoje, o desenvolvimento tecnológico é o elemento que pode
trazer o setor privado para as parcerias que os municípios precisam para se desenvolver e resolver seus problemas financeiros.
Por meio de parcerias com entes privados, a exemplo das
PPPs (Parcerias Público-Privadas), dos acordos setoriais, das contribuições de melhoria, entre outras, os municípios podem desonerar seus caixas e se financiar com recursos do setor privado.
Cabe ressaltar que as PPPs não são feitas exclusivamente para
74
Conferência Nacional sobre as Cidades – Governança Democrática