Conferência Nacional sobre as Cidades | Page 73

Conjuntura econômica O mundo passou por três grandes ondas econômicas e começa a viver sua quarta onda. A primeira foi a da agricultura, quando o homem – que até então era nômade – fixou-se à terra e passou a constituir unidades familiares grandes, porque precisava de pessoas para ajudar no plantio, colheita e criação de animais. A segunda onda da economia mundial começou com a revolução industrial, quando então surgem os sindicatos, a sociedade passa a se organizar e as famílias começam a diminuir de tamanho, porque o custo para manter mais pessoas se torna alto e os chefes de família começam a ter menos filhos. A terceira onda iniciou-se em meados do século XX e estendeu-se até os dias de hoje, com o fortalecimento da inovação tecnológica, o advento da internet, a globalização e, mais recentemente, das redes sociais. As unidades familiares tradicionais deixam de ser um modelo único e novas formas de viver se apresentam: homens que ficam solteiros; mulheres que ficam solteiras; homem que casa com homem; mulher que casa com mulher; casais que não têm filhos; casais que têm apenas um filho; casais que moram em casas separadas; casais que casam e se separam, às vezes os filhos ficando com a mãe, às vezes com o pai etc. E em janeiro de 2016, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, anunciou-se que o mundo começa a viver sua quarta onda da economia, a chamada onda da indústria 4.0, que começa a focar recursos no desenvolvimento da robótica, nanotecnologia e biotecnologia. O Brasil tem sua economia fortemente baseada, ainda, na primeira onda. Nossos principais produtos de exportação são a soja, o café e as commodities minerais, bem como papel e celulose. O país ainda luta pelos avanços da segunda onda: política industrial, desoneração tributária, infraestrutura logística, modernização das leis trabalhistas e reformas de leis que hoje são Finanças 71