Conferência Nacional sobre as Cidades | Page 65

• não motiva os prestadores mais organizados e melhor posicionados na arena política de saúde; • rompe com alguns elementos essenciais do modelo atual – curativo com foco no profissional médico, cada vez mais especializado, individualista (como convencer a população que culturalmente vive neste modelo); • apresenta menor visibilidade, tanto material quanto simbólica, para toda a população. Para não retrocedermos e não nos deixarmos levar por este discurso, a informação é pauta importante que deve estar presente junto aos nossos gestores municipais. Daí a necessidade de se convencer, por meio de evidências, que a APS tem importância capital dada a sua natureza de porta de entrada do cuidado, de organizadora e orientadora da atenção e é para a imensa maioria dos nossos municípios o único nível de cuidado. Talvez deva ser este o grande tema dos nossos líderes políticos: pensar a saúde em rede e fortalecer a Atenção Primária com qualidade. Síntese Diretriz principal A partir da estruturação das Redes de Atenção à Saúde, implantar e fortalecer a Atenção Primária em Saúde, com práticas mais coletivas, contínuas e interdisciplinares, como o autocuidado apoiado e o cuidado compartilhado. 1) Estruturar a ambiência das Unidades Básicas de Saúde, seja construindo, ampliando, reformando e dotando Saúde 63