COLÉGIO SANTO IVO Colégio Santo Ivo 50 anos | Page 78

“ EU VEJO AS COISAS, ACREDITO NELAS E TENHO CORAGEM DE ENFRENTAR. Vista aérea da sede do Santo Ivo 74 S ANT O IVO 5 0 AN OS “ Dr. José Carlos de Barros Lima T rabalho duro e metas ousadas nunca foram problema para Dr. José Carlos. Ele, inclusive, parece motivar-se ainda mais. Primeiro, a ideia de fundar uma escola quando tinha ainda 28 anos de idade. Depois, o investimento de seu tempo, já escasso, e dinheiro, no aprimoramento e crescimento do Santo Ivo. Anos depois, a ousadia, com a inauguração da Fazenda Santo Ivo que, futuramente, transformou-se no Acampamento Paiol Velho. E, quando podia acomodar-se, percebeu que o Colégio tinha a possibilidade de crescer ainda mais e oferecer uma diversidade de atividades e estrutura mais interessantes aos seus alunos. “Naquela época, a escola tinha quase 1.500 alunos. Notei, então, que os mais velhos precisavam de um espaço diferenciado. Na hora do recreio, por exemplo, ficavam todos juntos, os pequenos com os maiores. Percebi que eles queriam um ambiente mais adolescente. Então, comecei a querer oferecer isso a eles, mas na sede não conseguiríamos proporcionar essas mudanças, já que estava ajustada para o que tínhamos”, relembrou Dr. José Carlos. “Ainda cabia todo mundo na sede, quando pensamos em ter uma segunda unidade, embora a escola estivesse crescendo. Só que queríamos ter mais espaço, sentíamos muita falta de uma quadra coberta, piscina e salas ambientes. Então, a compra do terreno onde seria construída a Unidade II foi pensando nessa ampliação, na possibilidade de oferecermos espaços mais diversificados para as aulas e, também, pensando que o Ensino Médio precisava de um lugar com outra identidade, com outra equipe. Eles precisariam até de um regime disciplinar diferente e, no mesmo prédio, isso ficava um pouco complicado”, completa a filha Myrna. Como toda nova etapa da história do Santo Ivo, esta também não seria simples. Daria um grande trabalho construir a Unidade II. O primeiro passo foi encontrar o terreno adequado, local onde todos esses sonhos pudessem ser realizados. Neste momento, surgiu a possibilidade de comprar uma antiga fábrica de teares que estava desativada há dez anos. Ela ficava no final da Rua Barão da Passagem, um lugar abandonado, com fábricas desativadas e que servia como estacionamento de caminhões do Ceagesp. Era um ambiente inóspito, nada hospitaleiro, mas, com sua visão empreendedora, Dr. José Carlos conseguiu imaginar mudanças que fariam dali o embrião da Unidade II. “Falaram que eu era louco de fazer aquilo. Lá, não existia a praça, a rua era toda asfaltada e todas as indústrias ao redor já estavam paradas. Tinha um murão e, como era um retorno muito grande, os caminhões vinham e paravam por ali. Eram carretas grandes, enormes!”, conta Dr. José Carlos como eram os arredores do lugar onde hoje funciona a Unidade II.