À partida, os “flechas de prata” partem com uma
boa vantagem e são claramente os favoritos.
Mesmo com a possibilidade da Ferrari e Renault
poderem melhorar as suas unidades motrizes
ao longo do ano, parece pouco provável que
alguma delas consiga extrair o suficiente para
poder fazer frente à Mercedes. Neste momento
o grande desafio da equipa parece ser mesmo a
gestão de ego dos pilotos. O ano de 2014 acabou com abraços, sorrisos e “selfies”, mas Hamilton quer a todo o custo igualar o seu grande
herói (Ayrton Senna) e Rosberg quer inscrever
o seu nome no trofeu dos campeões. E eles sabem que este domínio da Mercedes pode ser
curto, com a FIA a ponderar mudar novamente
os regulamentos e os motores. Este é o grande desafio para Toto Wolf, Paddy Lowe e Niki
Lauda. Como lidar com dois pilotos sedentos
de vitórias. Mais ainda, como fazer se equipas
como a Red Bull e Williams se mostrarem mais
competitivas e lutarem mais de perto com a
Mercedes? Será que a equipa deixará os pilotos
lutar como em 2014, quando o campeonato de
construtores era apenas uma questão de tempo? Ou irá a equipa aplicar regras mais restritas,
o que irá inevitavelmente resultar em mau estar
e divisões. Convém lembrar que a certa altura, a
garagem da Mercedes viveu um clima de guerra
fria entre os dois lados dos pilotos. Se isso voltar
a acontecer e os adversários pressionarem mais
poderá ser uma dor de cabeça. A equipa estará
sob grande pressão e os olhos do mundo estarão de novo em cima deles. 2015 promete ser
muito mais difícil.
“O fator chave da nossa
perspectiva era evitar complacência”, “As expectativas
agora são altas e muitas
hipóteses foram criadas a
respeito do nosso potencial
nesta temporada. Internamente, estamos completamente cientes de que não
podemos nos dar ao luxo
de ficarmos parados em
nenhum desporto, especialmente na F1”
Paddy Lowe
Chicane Motores
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