Chicane Motores Vol1 - Julho de 2014 | Page 53

O WTCC estava numa fase descendente. Poucas marcas interessadas, competições algo aborrecidas com o domínio Chevrolet. Era preciso fazer alguma coisa. E foi feito. Foi aprovado um novo regulamento que da mais apoio aerodinâmico e mais potência nos carros. O resultado final foram carros mais agressivos no aspecto e em pista, mais velocidade e mais espectacularidade. A revolução trazia boas novidades. A juntar a estas novidades, a Citroen iniciava-se no WTCC com 4 carros, 3 deles a tempo inteiro e com um line up de luxo. Muller trazia consigo o título de 2013 e a ele juntava-se José Maria Lopez, um piloto com muita qualidade e um tal de Sebastien Loeb. O 9 vezes campeão do mundo de rali está numa fase de experimentação. Depois de ter andado pelo endurance fazendo equipa com Álvaro Parente, e ter batido o recorde de Pikes Peak, o francês voltava-se agora para os turismos e com a sua equipa de sempre.

A Honda depois de um ano de estreia positivo, mantinha a dupla de pilotos oficiais, que boa conta deu de si. Monteiro e Tarquini são garantias de experiência e velocidade. A marca nipónica passou também a fornecer o carro ao marroquino Bennani, e manteve a parceria com Michelisz.

A Chevrolet continuou a ser representada pelos carros alterados pela RML que agora deixou de competir para apenas alterar e fornecer carros para a competição.

A Lada manteve também 3 carros e com um reforço de luxo. Rob Huff deixou os frágeis Seat para se juntar a marca russa e tentar fazer melhorar a equipa.

De fora ficava a BMW que acho que estes novos regulamentos encareciam em demasia o desporto. Continua a fornecer carros mas apenas para a categoria TC2.

Muitas alterações, que tinham tudo para tornar o campeonato interessante e competitivo. Mas a Citroen veio com ideias diferentes. Um projecto muito bem pensado e trabalhado, permitiu aos pilotos ter um carro altamente competitivo desde início. Tão competitivo que é o melhor do grid. A Citroen venceu logo na primeira corrida e logo com os 3 carros no pódio. Diz bem do domínio avassalador imposto pelos franceses.

Estava encontrado o mote para o resto do ano. Os Citroen a lutarem entre si pela vitória e o resto do pelotão a ficar com as sobras.

Mas ao contrário do que se poderia pensar, não é Muller que domina o campeonato. O francês não tem estado ao nível do ano passado e, valha a verdade, tem agora quem finalmente lhe faça frente com material semelhante ao seu. O grande dominador desta época é José Maria Lopez. O argentino tem somado pontos atrás de pontos, pódios atrás de pódios e tem agora 60 pontos de vantagem sobre Muller. Loeb está em 3º numa fase de adaptação ao campeonato mas ainda assim com prestações positivas. Muller deve andar com dores de estomago por não estar em 1º mas a qualidade de Lopez tem feito estragos. É o piloto em melhor forma e é agora o favorito ao título de construtores.

WTCC - Análise do meio da época.

Chegar ver e vencer, eis a Citroen.

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