Chicane Motores Vol1 - Julho de 2014 | Page 22

Era o tudo ou nada anunciado por Tony Fernandes no inicio da época. Saiu nada. Uma equipa com infra-estruturas muito boas, e com capacidade para fazer muito melhor voltou a falhar. No ano passado o carro tinha potencial para ser muito melhor que o Marussia mas falharam. Este ano tinha de ser diferente mas não foi. Um carro feio por fora, pouco fiável por dentro e lento. O CT05 não tem nada que se recomende. Agora com Tony Fernandes fora da equipa, vencido pelo cansaço, e com os novos donos em cena pouco ainda se viu e o futuro não é ainda claro. Já foram desbloqueadas verbas para desenvolver o carro, mas parece que este ano não trará mais nada de positivo para a equipa. Neste momento só nos preocupa o facto de a equipa poder sair no final da época. Porque de resto, não se esperam surpresas positivas em pista.

Nota: 2

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Muito se falou sobre os novos regulamentos e sobre o que eles implicariam para a modalidade. Novos motores híbridos, turbinados, com um som pouco agradável, a fiabilidade típica de uma tecnologia que está a dar os primeiros passos. Havia muitas interrogações no inicio do ano.

As interrogações começam a dissipar-se e o resultado destas alterações é… excelente. Os carros são feios, não há duvida ( isso será tratado no próximo ano), o som não faz arrepiar como os saudosos V8 ou V10, mas voltou algo que já não se via na F1. As lutas, a emoção, o espectáculo. Passamos de corridas onde esperávamos ver algo de interessante, para corridas onde sabemos que haverá sempre uma luta interessante. Na melhor das hipóteses haverá várias lutas, como aconteceu no Barhain, Silverstone, Canadá, Alemanha, Hungria…

A juntar a isso a luta pelo campeonato está em aberto. A Mercedes deu carta branca ( por enquanto) para os pilotos lutarem ente si e esta rivalidade faz lembrar os anos glorioso da McLaren. Uma luta a dois é certo mas com tanto para dar que nos esquecemos facilmente da diferença de andamento entre a Mercedes e os outros, diferença essa que se irá dissipar para o ano que vem. A juntar a isto, 2015 terá ainda o regresso da Honda à McLaren e o ingresso de novas equipas, que esperamos não venham apenas para fazer numero.

Depois de uma fase monótona e do domínio Red Bull que não foi tão monótono quanto se disse, estamos de novo a reviver as emoções da F1. Finalmente podemos acabar cada corrida com um sorriso nos lábios. Criticos haverá sempre, mas o que se passa em pista chega para abafar os “velhos do restelo”. A tudo isto só falta que quem manda na modalidade se lembre que estamos em 2014 e que as plataformas digitais poderiam dar um impacto ainda maior ao espectáculo de grande qualidade que temos visto.

Assim vale a pena ver F1.

A Formula 1 está de volta