Sauber
Surpreenderam-nos pela positiva. A Red Bull esteve outra vez mal e a Toro Rosso não esteve melhor e assim a equipa de Peter Sauber aproveitou para amealhar mais uns pontos preciosos. Não
há ilusões na equipa e sabe-se que o 4º lugar no campeonato de construtores não será mantido por
muito tempo mas este início será uma base excelente para o que aí vem. Nasr reencontrou-se com
as boas exibições depois de uma corrida fraca na Malásia. Não parece ser o melhor piloto que saiu
do Brasil (também com nomes como Piquet, Fittipaldi e Senna estamos mal habituados), mas tem
qualidade para ser um bom piloto e angariar pontos preciosos para a equipa. Pagou para estar na
F1 mas a equipa deve estar bem contente. O homem paga para lá estar e ainda por cima mostra
qualidade. Melhor negócio é difícil. Já Ericsson é um piloto na onda de Maldonado. Não mete tantas
vezes o pé na argola é certo, mas não tem qualidade para se manter na F1.
RedBull
A Renault disse que ia aumentar a potência dos motores. O resultado foi catastrófico. Ricciardo mudou de motor no Sábado e no Domingo Kvyat viu o seu desfazer-se em fumo na primeira metade da
corrida. Mais uma vez os franceses deixaram uma fraca imagem de si e os Bull´s ficaram de novo
à beira do ataque de nervos. O discurso é apaziguador e a vontade é de encontrar soluções em
conjunto para o futuro, mas a verdade é que ambos os pilotos já “gastaram” 3 motores e até novas
ordens, têm apenas mais um antes de começar a enfrentar as penalizações. Vai ser uma época
bem dura para a Red Bull. Mas continuam a ficar mal as ameaças abandonar a modalidade caso
não vençam. Ponham os olhos na McLaren e na Williams senhores. Mais trabalho menos choro.
Ricciardo esteve em bom plano. Teve um arranque horrível e caiu para a cauda do pelotão mas
ainda conseguiu recuperar até ao 9º lugar, garantindo alguns pontos para a equipa. Efectuou boas
ultrapassagens mas foi com “muita sede ao pote” e errou várias vezes antes de passar o Sauber
de Ericsson. No entanto é um regalo ver o australiano fazer pela vida em pista e tentar ultrapassar
quem se mete à sua frente. Kvyat deve estar arrependido de ter mudado para a Red Bull. 3 corridas
e duas desistências não são estatísticas animadoras para o russo, que fez questão de ignorar uma
ordem de equipa, dificultando ao máximo a vida de Ricciardo nas primeira voltas. Teve azar pois
enfrentou o melhor “ultrapassador” do grid mas com certeza a sua atitude não deve ter agradado
aos chefes da equipa. Se a ideia era fazer de Kvyat o novo Vettel, pelo menos no que diz respeito
a aceitar ordens de equipa, o russo está ao mesmo nível do alemão. Mas ainda bem que assim foi.
Ricciardo passou-o no braço tal como deve ser sempre.
Chicane Motores | 37