E não tenhamos dúvidas, algo semelhante vai acontecer com a indústria de genéricos no Brasil.
O que falta para resolver o problema da superpopulação mundial em prazos razoáveis é decisão
política e não a invenção de um vírus que esterilize
metade das mulheres da Terra, como divulgado por
Dan Brown em seu livro Inferno citado na Introdução a estas notas.
Claro, D. Brown faz ficção e não passa pela nossa
cabeça que ele devesse abordar a questão da reprodução humana sob o ângulo histórico-social. Mas
mesmo assim não poderia deixar de lado o evidente
aumento do controle consciente da mesma, nem o
fato de que ele tem se exercido no sentido de restringir o número de filhos. O que pode coincidir em
certos momentos com os interesses da reprodução
do capital. Mas também pode contraria-los e apontar para uma alternativa pós-capitalista, muito mais
democrática, na qual a reprodução humana não mais
se subordine à obtenção do lucro máximo, mas sirva
aos interesses da humanidade e a uma nova ética
com a natureza.
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Capitalismo e população mundial