Capitalismo e população mundial | Page 85

catastrófico. Mas aí tal modo de produção não poderia chamar-se mais de capitalista.  Por outro lado, estão identificadas uma série de medidas que a humanidade, se pudesse tomá-las em curto ou médio prazo, poderia evitar o caos e as catástrofes. Aí entra um fator político importante: a consciência dos povos e em particular das mulheres, que joga no sentido do autocontrole da reprodução da população. Esta é uma alternativa que ganha força e pode contribuir para a superação do capitalismo, o que mudaria radicalmente as leis de reprodução da população humana. O problema é que quem comanda, neste modo de produção, as decisões necessárias não são os interesses dos povos nem a liberdade das mulheres mas sim a lei do lucro máximo no menor espaço de tempo.  É interessante observar que o capital, contraditoriamente, vai criando uma situação em que a reprodução da população, influenciada também pelo autocontrole acima referido, chega a certo ponto, nos países desenvolvidos, que contraria suas necessidades de ter, dentro das fronteiras do país onde opera, um exército de reserva de dimensões adequadas, obrigando-o a apelar para a transferência de empresas para países da periferia e/ou estimular a migração de trabalhadores destes para dentro de suas fronteiras com o fito de atender seus interesses. Tais fatos estão na base da atual globalização. Destaques finais e conclusões 83