catastrófico. Mas aí tal modo de produção não poderia chamar-se mais de capitalista.
Por outro lado, estão identificadas uma série de medidas que a humanidade, se pudesse tomá-las em curto
ou médio prazo, poderia evitar o caos e as catástrofes.
Aí entra um fator político importante: a consciência
dos povos e em particular das mulheres, que joga no
sentido do autocontrole da reprodução da população. Esta é uma alternativa que ganha força e pode
contribuir para a superação do capitalismo, o que
mudaria radicalmente as leis de reprodução da população humana.
O problema é que quem comanda, neste modo de
produção, as decisões necessárias não são os interesses dos povos nem a liberdade das mulheres mas sim
a lei do lucro máximo no menor espaço de tempo.
É interessante observar que o capital, contraditoriamente, vai criando uma situação em que a reprodução da população, influenciada também pelo autocontrole acima referido, chega a certo ponto, nos
países desenvolvidos, que contraria suas necessidades de ter, dentro das fronteiras do país onde opera,
um exército de reserva de dimensões adequadas,
obrigando-o a apelar para a transferência de empresas para países da periferia e/ou estimular a migração
de trabalhadores destes para dentro de suas fronteiras com o fito de atender seus interesses. Tais fatos
estão na base da atual globalização.
Destaques finais e conclusões
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