Tais mudanças na demanda levarão a uma significativa
necessidade de aumento na produção de todos os principais alimentos. As projeções da FAO sugerem que, por
volta de 2050, a produção agrícola deverá crescer globalmente uns 70% – e quase 100% nos países em desenvolvimento – para atender somente a demanda por alimentos,
excluindo a demanda adicional por produtos agrícolas
usados na produção de biocombustíveis. Isto é equivalente a uma produção extra de cereais da ordem de um
bilhão de toneladas e a 200 milhões de toneladas de
carne a serem produzidos anualmente em 2050, comparados com a produção entre 2005 e 2007.
O documento da FAO assinala as dificuldades para expandir
as áreas de cultivo, as consequências do uso intensivo dos
solos e as agressões ao meio ambiente e sugere um outro
paradigma: a intensificação sustentável para o aumento da
produção de alimentos.
A intensificação sustentável da produção de alimentos, quando efetivamente implementada e suportada,
provocará o “duplo ganho” requerido para atingir as
duas mudanças de alimentar a população mundial e
salvar o planeta.
Mais adiante afirma:
Ao mesmo tempo que trará múltiplos benefícios para a
segurança alimentar e o meio ambiente, a intensificação
sustentável tem muito a oferecer aos pequenos agricultores e às suas famílias – que constituem mais de um terço da
população mundial – pelo aumento de sua produtividade,
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Capitalismo e população mundial