Capitalismo e população mundial | Page 59

Se tomarmos como referência as 500 maiores corporações listadas na revista Fortune, observamos que a taxa de lucro média das mesmas varia da seguinte maneira: TABELA 3 – Queda da taxa de lucro5 7,15% entre 1960 e 1969 5,30% entre 1980 e 1990 2,29% entre 1990 e 1999 1,32% entre 2000 e 2002 Aqui cumpre observar que a taxa de lucro diminui não porque o operário seja menos explorado, mas porque, em função da rapidez do avanço tecnológico, se emprega cada vez menor quantidade de trabalho vivo para o capital investido, isto é, aumenta a composição técnica e orgânica do capital como mostrado na Tabela 2, mesmo tendo em conta que os operários chineses e indianos ou os turcos e mexicanos ganham muito menos, pelo mesmo trabalho, que os europeus ou os americanos. o artigo “Le taux de profit et le monde d`aujour`hui” de Chris Harman em International Socialism, n. 115, 2007). 5 Citado por Silvio Caccia Bava, no Le Monde Diplomatique, ed. brasileira, jun./2009, p. 9., Thomas Piketty aborda este assunto, mas usa categorias diferentes e chega, como é natural, a conclusões distintas. Ao invés de taxa de lucro usa a “... renda do capital (aluguéis, dividendos, juros, ganhos do capital, royalties e outros rendimentos) obtidos pelo simples fato de ser dono do capital... ” (O capital no século XXI, p. 24, 54, 202, 203). O capital aqui deixa de ser uma relação social para ser algo que alguém possui com valor de mercado. Movimentos do capital 57