Capitalismo e população mundial | Page 27

ria da alimentação dos trabalhadores, a entrada da mulher no mercado de trabalho e os métodos anticoncepcionais. Vejamos como tais fenômenos se refletem na reprodução da população na história do capitalismo. 1. 1 A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Há milênios os homens se agrupam. Com a domesticação das plantas e dos animais eles passam a fazê-lo em lugares fixos dando origem às aldeias. Depois, esses lugares são cercados para proteger as reservas alimentícias, as pessoas, o palácio, os locais de culto. De Ur, na Mesopotâmia, a Roma, nestes espaços já se concentram meios de produção e de troca. O burgo medieval, que na Europa antecede a cidade capitalista, também realiza, mesmo que de modo incipiente, tais atividades. A transição entre o modo de produção feudal e o capitalista não é um caminho de rosas. Ele está juncado de violência explícita ou implícita. Marx pinta com cores realistas traços desta transformação na Inglaterra: “Os expulsos pela dissolução dos séquitos feudais e pela intermitente e violenta expropriação da base fundiária, esse proletariado livre como pássaros não podia ser absorvido pela manufatura nascente com a mesma velocidade com que foi posto no mundo. Por outro lado, os que foram bruscamente arrancados de seu modo costumeiro de vida não conseguiam enquadrar-se de maneira igualmente Evolução histórica da população mundial 25