tendências prevê-se que a população mundial, hoje de
cerca de 7,073 bilhões, estabilize-se nos 10 bilhões por
volta do ano 2200.2
Nota-se que a tendência de longo prazo de desenvolvimento da população mundial é de crescimento nos diversos continentes mas também que o tipo de crescimento,
nos limites do capitalismo, varia no tempo e no espaço e
mesmo que, a exemplo do que ocorre em muitos países da
Europa na segunda metade do século XX, a taxa de crescimento a partir de certo ponto passa a ser igual e mesmo
menor que 1,0, isto é, a população se estabiliza e depois
tende a decrescer.
Tais fenômenos são explicados por muitos autores pela
variação das taxas de natalidade, mortalidade e pela esperança de vida.3 Sem dúvida, elas os refletem, os medem,
mas não são a causa dos mesmos. É algo parecido a dizer
que febre alta é a causa da doença.
Alguns analistas colocam na origem da variação dessas
taxas – isto é, na redução da natalidade, da mortalidade e
do aumento da esperança de vida – a aceleração da urbanização, as medidas de saúde pública, as vacinas, a melho-
2 Estimativas do Birô de Recenseamento dos EUA.
3 A taxa de fertilidade é o número médio de filhos por mulher na idade
fértil (em geral de 15 a 49 anos); a taxa bruta de mortalidade é a relação entre os óbitos ocorridos num ano e a população média deste ano;
a esperança de vida num determinado ano é o número médio de anos
que uma pessoa nascida viva naquele ano espera viver. A taxa bruta de
natalidade é a relação entre as crianças nascidas vivas num determinado
ano e a população média deste ano (em geral medida em 0/00).
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Capitalismo e população mundial