Boletim de Notícias nº7 | Page 22

Camões, IP edita “Caravelas de Papel”, tese vencedora do Prémio Fernão Mendes Pinto 2009 A tese de doutoramento “Caravelas de Papel. A política editorial do Acordo Cultural de 1941 e o pan-lusitanismo (1941-1949) ”, de Gisella de Amorim Serrano, vencedora da 3ª edição do Prémio Fernão Mendes Pinto, acaba de ser editada pelo Camões, Instituto Português (IP). Trata-se de uma investigação desenvolvida ao abrigo de uma bolsa concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, Brasil, orientada pela Professora Eliana Regina de Freitas Dutra, e que se enquadra na área temática de História do Brasil República. O trabalho foi defendido em 2009, no âmbito do programa de pós-graduação em História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal de Minas Gerais. O Prémio Fernão Mendes Pinto é atribuído anualmente desde 2008 pela Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), destinando-se a galardoar uma dissertação de mestrado ou doutoramento que contribua para a aproximação das comunidades de língua portuguesa e que explicite relações entre comunidades de, pelo menos, dois países. A distinção compreende um valor pecuniário atribuído numa parceria conjunta entr e a AULP e a Comunidade de Países Língua Portuguesa (CPLP), bem como a edição da tese, a realizar pelo Camões, IP. Em “Caravelas de Papel. A Política editorial do Acordo Cultural de 1941 e o pan-lusitanismo (1941-1949), a autora analisa a política editorial implementada ao abrigo do Acordo Cultural de 1941 entre Brasil e Portugal. O referido Acordo, assinado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), no Brasil, e o Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), em Portugal, fez progredir o lastro de material impresso, designadamente revistas, séries e coleções. De acordo com a autora, esse Acordo constitui um dos desdobramentos da ‘Política do Atlântico’, organizada no interior da estratégia de propaganda e afirmação nacional do governo de Salazar, isto é, a partir de uma conceção política ‘panlusitanista’. Sob o imperativo do Acordo Cultural, foram impressas inúmeras edições que deram visibilidade ao projeto político luso-brasileiro firmado. Nessas revistas, coleções e seriados regista-se a colaboração de artistas e intelectuais portugueses e brasileiros, revelando-se assim parte da dinâmica da relação Brasil-Portugal naquela época. 22