Ministro da Educação e da Ciência de
Portugal
Mensagem de boas vindas aos
participantes do XXIV Encontro
da AULP. Palavras deixadas pelo
Professor Nuno Crato.
M
uito bom dia,
É um gosto imenso estar a falar-vos, aqui de Lisboa,
para o vosso encontro em Macau. Já tive o gosto de
visitar a vossa Universidade, o vosso Instituto Politécnico, e a
Escola Portuguesa de Macau. Só não conheço, ainda, o Instituto de Formação Turística.
Sei que vão estar muito bem recebidos, sei que o ambiente
será um bom ambiente de trabalho, e sei, sobretudo, que o tema
é de uma grande importância.
O mandarim é a língua mais falada do mundo pelos nativos
dessa língua, que nascem a falar essa língua, mas o português
é, também, uma das línguas mais faladas do mundo e, neste
momento, tem uma presença muito ativa na Internet, tal como
tem, há muito tempo, uma presença nos cinco cantos do mundo
- em cinco continentes.
Em Portugal, temos tido, progressivamente, um interesse
pela aprendizagem do mandarim, e em promover o intercâmbio de estudantes portugueses e chineses. Temos quatrocentos
alunos chineses nas nossas Instituições de Ensino Superior e,
anualmente, enviamos à China estudantes portugueses para estudarem mandarim, para conhecerem a cultura chinesa.
Todos eles, ou quase todos eles, têm uma paragem natural em Macau. Em Macau há, também, uma escola portuguesa,
que é uma das melhores escolas portuguesas do mundo, que
tive o gosto de visitar, como vos disse, e que vos aconselho a
conhecer.
O papel das Instituições de Ensino Superior tem sido
fundamental para o intercâmbio de estudantes portugueses e chineses, para dar a conhecer a língua portuguesa
no mundo, e para dar a conhecer o mandarim aos portugueses.
Com a colaboração com Instituto Confúcio - dos
seus dois polos em Portugal e, diretamente, do Instituto
Confúcio em Pequim - estamos a desenvolver o ensino
de mandarim nas escolas portuguesas do ensino básico e
secundário. E estamos a assinar um acordo com o Instituto
Confúcio, de Pequim, para a deslocação de professores
chineses a Portugal, em colaboração com estes núcleos
universitários do Instituto Confúcio, com o objetivo de
desenvolver, de uma forma mais sistemática, o ensino do
mandarim nas nossas escolas básicas e secundárias.
O ensino do português na China tem uma longa
história, e tem um longo desenvolvimento, e estou certo
que este encontro, será mais um passo em frente na colaboração entre os dois povos e na difusão das duas línguas.
Compreenderão que o diga: temos um orgulho muito especial na difusão da língua portuguesa no mundo.
Nuno Crato
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