Boletim de Notícias nº 9 | Page 13

na Cidade da Praia, onde professores da Universidade de Coimbra e da Uni-CV trabalharão em conjunto. No terceiro ano, os alunos irão para Coimbra fazer o ciclo clínico e, por último, regressarão a Cabo-Verde para fazer o internato em hospitais locais. Um os objetivos deste projeto é formar futuros docentes para ministrar o curso de medicina no futuro, exigindo-se aos candidatos uma média de 17 valores. A Professora Judite Nascimento, reitora da Uni-CV indicou que a universidade está a negociar com o Governo a possibilidade de apoiar os estudantes, mas sublinhou que estes têm que suportar as despesas, pagando as propinas. Testemunhos dos primeiros estudantes do curso de medicina “Sinto-me muito especial por ser a primeira edição, nós já entramos para a história da medicina de Cabo Verde e, com certeza, trabalharemos para que seja um sucesso para todo o país”, diz Vera Rodrigues, 19 anos, natural do concelho do Tarrafal de Santiago. O curso de medicina em Cabo Verde possibilita que os estudantes se formem no seu país, perto dos familiares e amigos, reduzindo os custos na formação. “Fica mais fácil para os estudantes fazer medicina cá em vez de ir ao exterior. Aqui já estou perto dos familiares. Qualquer problema posso resolvê-lo aqui mesmo”, conta Helena Oliveira, 17 anos, natural da ilha de Santo Antão, com o ensino secundário na ilha do Fogo. No final, alguns preferem trabalhar fora, enquanto outros preferem ficar e dar o ser contributo para desenvolver a área médica. Quando acabar o curso, Adélio, que entrou com uma média curricular de 18,44 e teve 17,21 no teste de acesso, disse que quer fazer a mesma especialidade do irmão (urologia) e que, se aparecer oportunidade, prefere ir trabalhar fora do país. 13