sume protagonismo nos filmes exerce em nós um
fascínio muito forte. É por isso que tentamos dar à
nossa música uma qualidade cinematográfica, ampliando os ambientes para onde os temas poderão
transportar quem os ouve.
Cultura | 27
preparativo desse álbum que em princípio terá 10
temas.
O vosso primeiro single, intitulado “Coração
Noir”, faz parte da banda sonora da telenovela Coração d’Ouro. Sentem que, de certa forma,
isso permitiu dar a conhecer a vossa música a
um público mais abrangente?
Sim, para nós foi uma excelente oportunidade para
fazer a nossa música e o nosso nome chegar a mais
gente. Tivemos a sorte de termos sido recebidos
pela Farol Música, a quem estamos muito gratos e
com quem temos adorado trabalhar, e através deles
ter chegado à SP e à SIC, que nos deram a honra desta inclusão em Coração D’Ouro. Agora até já vemos
a novela…
Para este primeiro álbum, a vossa aposta vai
para temas totalmente em português?
Para já a nossa orientação é 100% em português,
se bem que já tenha surgido a ideia de se experimentar uma incursão pontual por outras línguas
- temos facilidade em escrever em espanhol, por
exemplo. O português é uma escolha assumida e
também um desafio. Fala-se muito do facto de o
português ser uma língua pouco musical e com
uma métrica difícil de ajustar às linhas melódicas,
e nós tentamos mostrar o inverso – o português
pode soar muito bem na música, com a vantagem
de assumirmos a nossa herança cultural. Se isso
poderá limitar uma eventual projeção no estrangeiro? Logo se verá…
Já fizeram algumas apresentações na televisão,
em programas como o Aqui Portugal, Grande
Tarde e Poplusa – RTP. Como tem sido essa experiência?
É uma experiência muito interessante e divertida
que nos permite ir dando a conhecer a nossa música
a públicos diversificados. Só temos pena que nestes
programas não seja possível que as bandas toquem
ao vivo. Mas compreendemos perfeitamente que
isso implicaria uma logística difícil de conjugar com
o ritmo desses programas. Gostaríamos, por isso, de
entrar também em programas que tenham momentos musicais ao vivo, como o 5 Para a Meia-Noite, ou
o Autores Fora d’Horas. Vamos ver…
Quais são os vossos planos ou desejos para o
futuro?
A pergunta para 1 milhão de euros… Para já, estamos a promover o primeiro single e estamos
em estúdio a gravar os temas que vão figurar
no álbum de estreia. Nessa altura, começaremos
também com os concertos ao vivo, e depois virão
mais singles, mais álbuns, mais concertos... Acima
de tudo, queremos fazer cada vez mais e melhor,
compondo e tocando a música que gostamos, mas
nunca perdendo de vista que as pessoas gostem
tanto de a ouvir como nós de a compor. A música
é de quem a ouve!
Qual tem sido a reação do público à vossa música?
Uma vez que ainda não estamos a tocar ao vivo - começaremos quando lançarmos o álbum - vamos aferindo isso através das interações nas redes sociais,
por exemplo nas publicações da nossa página de
Facebook, e por aí temos notado um impacto muito positivo, com comentários de apoio e um número crescente de ‘gostos’. Há episódios engraçados:
houve já pessoas que tentaram com muito engenho
usar o Shazam nos excertos da música na novela
para saberem quem a tocava. Isso para nós é muito
lisonjeiro.
Estão neste momento na fase de gravação do
vosso primeiro álbum de originais. Quando é
que preveem lançá-lo?
Apesar de não haver ainda uma data precisa para
esse lançamento, está agendado para o primeiro
trimestre de 2016, e estamos já a fazer o trabalho
Resta-me desejar-vos muito sucesso na vossa
carreira! E que