BLOGAZINE | Page 20

Cultura Reação da carteira aos livros Com o regresso às aulas, vêm muitas coisas atrás: a tristeza dos mais “velhos”, a alegria dos mais novos por verem os amigos, os anúncios, as compras, as reportagens na televisão e os livros. Os livros escolares, aqueles que levam a tua carteira ou dos teus pais/educadores à falência. Aqueles livros que tu nem podes ver à frente porque sabes o que aí vem, embora, vamos admitir, eu adoro o cheiro a livro novo, o folhear as páginas, e aposto que tu também. Mas não são esses pequenos momentos de prazer que compensam os preços. A compra de livros pode ser feita de várias formas: livro ao preço normal, livro ao preço com cartão da loja, livro com descontos, livro em plataformas de revenda ou livro sem compra (em bancos de livros). O Estado tenta investir na educação, tenta … e pode errar muito, mas aqui a culpa não é dele. É das editoras que colocam preços exorbitantes nos livros, livros que mudam uma ou duas palavras de edição para edição e aumentam para lá de dois euros. Imagina uma família com mais do que um filho - talvez seja o teu caso - já somaste o dinheiro que gasta em livros escolares, fora o material necessário? É muito. Talvez nunca tenhas pensado nisso dessa maneira, eu não pensava muito, para ser sincera. Mas aqui estamos, em plena época escolar, os livros aumentam os preços, os ordenados descem. As escolas não mantêm os livros, algumas não permitem edições anteriores (como de irmãos mais velhos), o que leva a mais gastos. Não devia continuar assim, não pode. Queres fazer algo por isto? Faz como eu no meu último ano de escolaridade obrigatória: não comprei um único livro em loja, foram todos em plataformas de revenda, mas podes ir mais longe e ir a bancos ou pedindo emprestados. Não dês dinheiro às editoras pela tua educação, quem a comanda és tu! Rita R. | http://www.palavraslibertadas.blogspot.pt