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Criancas do passado
e criancas do presente
I
I
Por: Gi
Educação (Antes e Depois)
Neste texto vou falar-vos sobre a educação do passado
e o modelo atual da educação, comparando os dois.
O QUE É DIFERENTE
ENTRE O ANTES E
AGORA:
1
O nível de exigência dos professores: Antigamente, eram
temidos pelos alunos. Estes, caso
respondessem erradamente
a uma única questão, eram
submetidos às mais diversas
“máquinas de tortura” (as mais
conhecidas são as “reguadas”,
que os alunos recebiam dia sim,
dia sim. Ninguém escapava a
uma boa palmada com a régua).
Hoje tudo é diferente: os professores são compreensivos com os
alunos e, se houver maus tratos,
estes são imediatamente comunicados, sendo o professor em
questão punido. Chego mesmo a
dizer que chegamos ao outro extremo: são os alunos que agora
perderam respeito pelos professores, não considerando que
estes fazem de tudo para que
eles tenham a oportunidade de,
no futuro, serem adultos educados. Fazem-lhes de tudo: atiram
coisas pelo ar na sala, falam
constantemente com os colegas
do lado (por vezes com o colega da ponta oposta da sala) e o
pobre professor tem de avisar os
alunos vezes sem conta, e ainda
assim, manter a calma.
3
2
Conhecimento: Não há dúvidas
que, antigamente, a maioria das
crianças (uma vez que a maioria das pessoas trabalhava em
profissões ligadas à agricultura
e indústria) tinham apenas quatro anos de escola e depois eram
obrigadas, pelas suas famílias, a
trabalhar para contribuir para
as despesas da casa. E, mesmo
aqueles que tinham a rara oportunidade de continuar os seus
estudos, não passavam tanto
tempo na escola como as crianças de hoje. No nosso país atualmente, o ensino obrigatório
vai até ao décimo segundo ano
e quem quer arranjar emprego
mais facilmente (e mesmo assim
pode não o conseguir), tem
ainda de fazer um curso universitário.
b
Atividades extracurriculares:
Antigamente, após a escola, as
crianças podiam brincar livremente nas ruas com amigos;
hoje em dia, os pais (como não
conseguem ir buscá-las à escola), enviam-nas para centros de
estudo, explicações ou para uma
escola de ensino de línguas onde
as crianças passam a maior parte do seu tempo livre a estudar.
Acho que posso concluir que o
tempo mudou muitas coisas a
respeito da educação, umas mudaram para melhor, outras para
pior mas o importante é não nos
esquecermos que esta área vai
ser determinante para o desenvolvimento da criança e para a
sua transformação num adulto
com valores dignos (ou não),
dependendo estes, em grande
parte, da educação recebida na
infância.
Os mini-clientes
Variedades | 33
Por: Anabela Ramalho Neves
Pode não parecer, mas ser operadora de caixa até pode ser muito divertido, principalmente quando há crianças por perto. Acontecem-me situações que são, para mim, verdadeiras delícias e que alegram completamente o meu dia.
Até podem perguntar “Então e aquelas crianças que são mal-educadas, não existem?”.
Sim, há algumas, mas são uma pequena minoria sobre a qual não vale a pena relatar.
Gostaria, isso sim, de partilhar alguns episódios simpáticos convosco, para verem se tenho
ou não razão!
Um dia, estavam duas jovens,
uma delas com um bebé ao colo, a
mãe, presumi. A dado momento,
a criança, com a mãozita, parece
estar a tentar despir a camisa
à mãe. A jovem ria-se e dizia
qualquer coisa do género: “Agora não, espera”! A princípio eu
não entendi, mas depois, como a
criança insistia, e a outra jovem
dizia: “Dá-lhe a chucha”, percebi
que, afinal, a criança devia estar
com fome e sabia perfeitamente
onde estava guardado o seu leitinho!
Noutro dia, chega à minha caixa
um menino com o seu mealheiro
e um brinquedo. Era de manhã
mas ele disse “Boa tarde”, eu
sorri e disse-lhe “Bom dia!”- ao
que ele respondeu que estava
sempre a enganar-se. Depois,
muito educadamen