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32 | variedades Criancas do passado e criancas do presente I I Por: Gi Educação (Antes e Depois) Neste texto vou falar-vos sobre a educação do passado e o modelo atual da educação, comparando os dois. O QUE É DIFERENTE ENTRE O ANTES E AGORA: 1 O nível de exigência dos professores: Antigamente, eram temidos pelos alunos. Estes, caso respondessem erradamente a uma única questão, eram submetidos às mais diversas “máquinas de tortura” (as mais conhecidas são as “reguadas”, que os alunos recebiam dia sim, dia sim. Ninguém escapava a uma boa palmada com a régua). Hoje tudo é diferente: os professores são compreensivos com os alunos e, se houver maus tratos, estes são imediatamente comunicados, sendo o professor em questão punido. Chego mesmo a dizer que chegamos ao outro extremo: são os alunos que agora perderam respeito pelos professores, não considerando que estes fazem de tudo para que eles tenham a oportunidade de, no futuro, serem adultos educados. Fazem-lhes de tudo: atiram coisas pelo ar na sala, falam constantemente com os colegas do lado (por vezes com o colega da ponta oposta da sala) e o pobre professor tem de avisar os alunos vezes sem conta, e ainda assim, manter a calma. 3 2 Conhecimento: Não há dúvidas que, antigamente, a maioria das crianças (uma vez que a maioria das pessoas trabalhava em profissões ligadas à agricultura e indústria) tinham apenas quatro anos de escola e depois eram obrigadas, pelas suas famílias, a trabalhar para contribuir para as despesas da casa. E, mesmo aqueles que tinham a rara oportunidade de continuar os seus estudos, não passavam tanto tempo na escola como as crianças de hoje. No nosso país atualmente, o ensino obrigatório vai até ao décimo segundo ano e quem quer arranjar emprego mais facilmente (e mesmo assim pode não o conseguir), tem ainda de fazer um curso universitário. b Atividades extracurriculares: Antigamente, após a escola, as crianças podiam brincar livremente nas ruas com amigos; hoje em dia, os pais (como não conseguem ir buscá-las à escola), enviam-nas para centros de estudo, explicações ou para uma escola de ensino de línguas onde as crianças passam a maior parte do seu tempo livre a estudar. Acho que posso concluir que o tempo mudou muitas coisas a respeito da educação, umas mudaram para melhor, outras para pior mas o importante é não nos esquecermos que esta área vai ser determinante para o desenvolvimento da criança e para a sua transformação num adulto com valores dignos (ou não), dependendo estes, em grande parte, da educação recebida na infância. Os mini-clientes Variedades | 33 Por: Anabela Ramalho Neves Pode não parecer, mas ser operadora de caixa até pode ser muito divertido, principalmente quando há crianças por perto. Acontecem-me situações que são, para mim, verdadeiras delícias e que alegram completamente o meu dia. Até podem perguntar “Então e aquelas crianças que são mal-educadas, não existem?”. Sim, há algumas, mas são uma pequena minoria sobre a qual não vale a pena relatar. Gostaria, isso sim, de partilhar alguns episódios simpáticos convosco, para verem se tenho ou não razão! Um dia, estavam duas jovens, uma delas com um bebé ao colo, a mãe, presumi. A dado momento, a criança, com a mãozita, parece estar a tentar despir a camisa à mãe. A jovem ria-se e dizia qualquer coisa do género: “Agora não, espera”! A princípio eu não entendi, mas depois, como a criança insistia, e a outra jovem dizia: “Dá-lhe a chucha”, percebi que, afinal, a criança devia estar com fome e sabia perfeitamente onde estava guardado o seu leitinho! Noutro dia, chega à minha caixa um menino com o seu mealheiro e um brinquedo. Era de manhã mas ele disse “Boa tarde”, eu sorri e disse-lhe “Bom dia!”-  ao que  ele respondeu que estava sempre a enganar-se. Depois, muito educadamen