As ruas e a democracia. Ensaios sobre o Brasil contemporâneo | Page 116
corrupção, mas sim “fazer o país crescer e combater a pobreza”.
As oposições atuaram como se a corrupção fosse uma exclusividade do PT. O combate à corrupção deveria ocupar o centro da
ação governamental, como se só pudesse haver bom governo depois que todos os corruptos fossem presos ou neutralizados.
Esqueceram-se de buscar as determinações socioculturais do
problema e tentaram fazer com que se imaginasse que o governo seria a fonte geradora de tudo o que há de errado no país.
Agiram sem considerar que uma coisa é combater a corrupção,
outra é transformá-la na razão de ser da ação governamental.
No primeiro caso, faz-se uma luta política cotidiana que não
paralisa o governo. No segundo, o combate é moralista e “esp WF7V