Ontem chegou o dia temido. Ulisses partiu para a
guerra e eu fiquei sozinha com Telémaco, ainda
tão pequenino.
Quando nos despedimos, Ulisses prometeu-me
que voltaria vivo e pediu-me para prometer que
esperaria por ele. Pediu-me, também, para que eu
fosse falando dele a Telémaco, para que ele
tivesse sempre presente a figura do pai. Os dias vividos
sem Ulisses
parecem
intermináveis!
É o que irei fazer, sempre! Não vejo a hora
do seu regresso.
Depois desta conversa, olhamo-nos nos olhos e eu
senti dentro de mim que esta despedida não era
um adeus, mas sim um até já.
Ulisses regressará a Ítaca e voltará para mim.
Tenho a certeza!
A guerra, a maldita guerra, parece não ter fim à vista e
eu dou por mim a amaldiçoar a beleza de Helena por
ser motivo de tanta discórdia e desgraça.
Já passaram vários anos
desde que Ulisses partiu
para a guerra. Não tem
sido fácil lidar com a
saudade, mas estou a
aguentar-me.