A crise não parece ter fim PD48 | Page 92

público (também assaltado em seus cofres pela medicina privada e seus preços estra- tosféricos), são centenas, são milhares, no dia a dia incon- táveis, vítimas de todas as idades e cores, mas todas são inaceitáveis. Esta é a conta da vida e morte de quem vai viver e de quem vai morrer. Simples assim, como todo o horror provocado pelo Estado, sempre, interminável, crimi- noso, o horror que nunca cessa... Números factóides O problema destes núme- ros não é de estatística, é de sua não veracidade no cômputo geral do atendi- mento prestado pelo SUS. Estamos falando, primeiro, de um atendimento de quali- dade, segundo de procedimentos integrais, resolutivos. Por exemplo, a assistência prestada pelo SUS na média e alta comple- xidade não passa de 40% da demanda e necessidade real dos pacientes. Na área da oncologia, os 100% do tratamento exigido por estes agravos, nos mais complexos, só atende a 40% dos 100% dos pacientes. São números redondos, sim, mas sem correspondência real com o SUS real. 90 Luis Mir