hierarquia. Ela está acostumada a ser quem subordina ao adulto
em casa, tanto que há país e mães que vivem em função dos
filhos. E outro problema, diz Cortella, é que esta geração não tem
necessariamente compromisso com meta e prazo. Abandona as
coisas com muita facilidade.
E tais coisas acontecem ainda na fase de formação, afirma.
É comum hoje ouvir que um jovem começa um determinado curso
na faculdade, e passa para outra. Vai de mecânica para metalur-
gia e passa para a alta gastronomia. Sem, às vezes, concluir
nenhum deles. Isso, diz, não é excesso de opção, isso é confusão
mental. É ausência de clareza aonde se quer chegar.
Para Cortella, esta confusão toda pode acontecer, sim,
mudanças tecnológicas são constantes. E mais: nossos
são do século 21, nossos professores são do século 20,
parte da metodologia é do século 19. Temos aqui uma
intersecular, afirma.
pois as
alunos
e uma
colisão
Outra confusão que é feita, segundo o autor, é que muita gente
diz que estamos vivendo a era do conhecimento, quando, na verdade,
estamos vivendo a era da informação veloz. E justifica: conheci-
mento sempre existiu. Informação é um processo cumulativo,
enquanto o conhecimento é seletivo. De nada adianta a gente ter
fartura de informações, se não tiver clareza do que fazer com elas.
Durante quase as 174 páginas, o autor enfatiza que são muitas
as aflições que atormentam a carreira, mas as pessoas vivem com
pressa em relação às suas próprias vidas e surgem as perguntas:
Por que estou fazendo isso? Ou onde estou com a cabeça? E uma
expressão de fuga. “Se pudesse, eu largava isso”.
Outra aflição é a ausência de reconhecimento que existe em
muitos locais de trabalho. Como cada vez mais trabalhamos em
grandes grupos, a auto