A crise não parece ter fim PD48 | Page 159

poderá conviver com outras formas de capital, como o social e o humano. (VICTOR, 2007). Na equação de valor criado/adicionado, o capital natural deve aparecer se desgastando como o capital fixo e contribuindo para o valor do produto final. Toda a análise de viabilidade econômica se pautará nestes critérios. Este também deve ser o critério de precificação de ativos ambientais que medem o capital natural.  O conceito e aplicação dos supostos de análise econômica da produção mediante centralização no capital natural permitem analisar a dinâmica da crise ecológica emergente e sugerir encami- nhamento para enfrentar a crise econômica existente, apresen- tando propostas de políticas coerentes que facilitem a transição para uma economia sustentável e para uma civilização que vislum- bre para si um destino de racionalidade, como previu Max Weber. Esta não é tarefa de nenhuma entidade e nação isoladamente, mas sim de uma comunidade mundial, guiada pelas Nações Unidas e fiscalizada pela sociedade civil organizada, em escala planetária. Referências ALBERGONI, G. Excedente. In: Produção/distribuição excedente – Enciclopédia Einaudi. V. 28. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1995. BAIARDI, A.; TEIXEIRA, F. L. O desenvolvimento dos territórios do baixo sul e do litoral sul da Bahia: a rota da sustentabilidade, perspectivas e vicissitudes. São Paulo: Instituto Arapyaú, 2010. BAIARDI, A. Mudanças técnicas na agricultura medieval e o processo de transição para o capitalismo. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v. 14, n. 3, p. 449-464, 1997. BARRAU, J. Domesticação. In: Homo-domesticação cultura material – Enciclopédia Einaudi. V. 16. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1989. BEINHOCKER, E. D. The origin of wealth. Boston: Harvard Business School Press, 2007. FABIETTI, U. Pastorícia. In: Produção/distribuição excedente – Enciclopédia Einaudi. V. 28. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1995. FOSTER, J. B. A ecologia de Marx, materialismo e natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. A biocivilização na passagem da era industrial para a pós-industrial 157