Reflexões sobre Donald Trump
na arena internacional
Danúbio Rodrigues
A
imprensa mundial continua “lamentando” – a seu modo,
fugindo de aspectos que não interessam à chamada
livre-iniciativa – os primeiros seis meses de chegada ao
poder do presidente Donald Trump, tratando o assunto como
se a chamada democracia representativa, não só nos Estados
Unidos, continuasse a ser um simples gesto de sufragar candida-
tos e partidos preferidos em qualquer parte do mundo. É inacre-
ditável como só uns poucos analistas observam que o mundo
capitalista atual, sendo o mesmo, já não é aquele, cuja priori-
dade máxima era esmagar o sistema político dos países rivais,
de ideário comunista. Esta sociedade, vigente entre 1917 e 1989,
esgotou-se, devido a múltiplas razões que não cabem ser trata-
das aqui, embora a sua teoria anticapitalista seja cada vez mais
estudada em academias da Alemanha, Estados Unidos, França,
Grã-Bretanha, Itália etc.
Pouco se comenta, com novas luzes, o pós-Muro de Berlim,
onde posaram autoridades de governos profissionalmente antico-
munistas, anunciando que, dali por diante, o cenário mundial
seria uma primavera permanente, sobre a face da Terra, com as
sociedades agora libertas da praga bolchevista. A mediocridade
internacional dessas análises continua não trazendo novidades
(digamos) relacionadas a projetos e planos humanistas, na socie-
dade que herdamos que passaram a ser “trabalhadas” por uma
ONU desidratada politicamente pelo próprio Ocidente. O lado vito-
rioso, porém, continua a insuflar sua antiga ideia de permanecer
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