A crise não parece ter fim PD48 | Page 131

Reflexões sobre Donald Trump na arena internacional Danúbio Rodrigues A imprensa mundial continua “lamentando” – a seu modo, fugindo de aspectos que não interessam à chamada livre-iniciativa – os primeiros seis meses de chegada ao poder do presidente Donald Trump, tratando o assunto como se a chamada democracia representativa, não só nos Estados Unidos, continuasse a ser um simples gesto de sufragar candida- tos e partidos preferidos em qualquer parte do mundo. É inacre- ditável como só uns poucos analistas observam que o mundo capitalista atual, sendo o mesmo, já não é aquele, cuja priori- dade máxima era esmagar o sistema político dos países rivais, de ideário comunista. Esta sociedade, vigente entre 1917 e 1989, esgotou-se, devido a múltiplas razões que não cabem ser trata- das aqui, embora a sua teoria anticapitalista seja cada vez mais estudada em academias da Alemanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália etc. Pouco se comenta, com novas luzes, o pós-Muro de Berlim, onde posaram autoridades de governos profissionalmente antico- munistas, anunciando que, dali por diante, o cenário mundial seria uma primavera permanente, sobre a face da Terra, com as sociedades agora libertas da praga bolchevista. A mediocridade internacional dessas análises continua não trazendo novidades (digamos) relacionadas a projetos e planos humanistas, na socie- dade que herdamos que passaram a ser “trabalhadas” por uma ONU desidratada politicamente pelo próprio Ocidente. O lado vito- rioso, porém, continua a insuflar sua antiga ideia de permanecer 129