do nosso meio ambiente; haverá mais entidades dispostas a
desfraldar a bandeira a favor de uma sustentabilidade mais
elevada; haverá personalidades mais que estarão dispostas a
levar a todos os rincões do mundo estas questões, sensibilizando
as plateias. E enquanto o tempo passa e as transformações vão se
processando, os homens vão se conscientizando de que a sua
sobrevivência aqui na Terra depende deles mesmos, sendo fator
primordial cuidar da Terra.
Talvez, ainda, ajude a transformar tudo isso em realidade, o
que o homem sentiu nos últimos anos, do que a Terra pode causar.
A teoria de que a Terra responde com maior intensidade à agres-
são sofrida pode causar efeito importante para deter a febre do
homem em agredir o ecossistema.
Talvez, muito mais, o homem se conscientize de sua responsa-
bilidade perante o mundo e que ele mesmo não é o epicentro de
tudo. Ele é parte integrante, mas há todo um complexo estrutural
terreno, entre vidas humanas, plantas, minerais, água, ar, fogo –
enfim o espaço todo tomado pelos elementos que compõem esta
nossa Terra.
Penso e reflito que nos anos vindouros, até chegarmos em
2050, haverá grandes transformações e novas posições em favor
da Terra. Não é hora do pessimismo, mas do otimismo, sem o que
fatalmente estaremos produzindo um planeta sem vida e com ela
a extinção de tudo. Não é isso que queremos, naturalmente. O que
queremos, evidentemente, é que as novas gerações recebam de
todos nós um mundo marcado pela existência física e pela tomada
do espaço com toda sustentabilidade.
Em todas estas colocações, o que mais me preocupa é a ques-
tão da contaminação da água, o seu dispersar, a sua mudança de
comportamento, a sua imigração para o mar e o terror que tudo
isso pode causar. Mas haveremos de nos recompor.
W. G. Ward dizia: “O pessimista se queixa do vento, o otimista
espera que ele mude e o realista ajusta as velas”. Parafrazeando o
emérito teólogo inglês, diria: “O inconsolado se queixa do homem,
o eufórico deseja que ele mude e o entusiasta prepara-o para o
futuro promissor”.
Chegaremos, pois, em 2050, com uma Terra perfeitamente
sintonizada e habitada com o amor pelas coisas naturais. Creio,
sinceramente, que novos paradigmas serão peças importantes e,
neste contexto, tudo o que a água representa para a nossa subsis-
tência. É o que penso e o que desejo – e que todos nós desejamos.
Reflexões sobre a água
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