A crise não parece ter fim PD48 | Page 113

do nosso meio ambiente; haverá mais entidades dispostas a desfraldar a bandeira a favor de uma sustentabilidade mais elevada; haverá personalidades mais que estarão dispostas a levar a todos os rincões do mundo estas questões, sensibilizando as plateias. E enquanto o tempo passa e as transformações vão se processando, os homens vão se conscientizando de que a sua sobrevivência aqui na Terra depende deles mesmos, sendo fator primordial cuidar da Terra. Talvez, ainda, ajude a transformar tudo isso em realidade, o que o homem sentiu nos últimos anos, do que a Terra pode causar. A teoria de que a Terra responde com maior intensidade à agres- são sofrida pode causar efeito importante para deter a febre do homem em agredir o ecossistema. Talvez, muito mais, o homem se conscientize de sua responsa- bilidade perante o mundo e que ele mesmo não é o epicentro de tudo. Ele é parte integrante, mas há todo um complexo estrutural terreno, entre vidas humanas, plantas, minerais, água, ar, fogo – enfim o espaço todo tomado pelos elementos que compõem esta nossa Terra. Penso e reflito que nos anos vindouros, até chegarmos em 2050, haverá grandes transformações e novas posições em favor da Terra. Não é hora do pessimismo, mas do otimismo, sem o que fatalmente estaremos produzindo um planeta sem vida e com ela a extinção de tudo. Não é isso que queremos, naturalmente. O que queremos, evidentemente, é que as novas gerações recebam de todos nós um mundo marcado pela existência física e pela tomada do espaço com toda sustentabilidade. Em todas estas colocações, o que mais me preocupa é a ques- tão da contaminação da água, o seu dispersar, a sua mudança de comportamento, a sua imigração para o mar e o terror que tudo isso pode causar. Mas haveremos de nos recompor. W. G. Ward dizia: “O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”. Parafrazeando o emérito teólogo inglês, diria: “O inconsolado se queixa do homem, o eufórico deseja que ele mude e o entusiasta prepara-o para o futuro promissor”. Chegaremos, pois, em 2050, com uma Terra perfeitamente sintonizada e habitada com o amor pelas coisas naturais. Creio, sinceramente, que novos paradigmas serão peças importantes e, neste contexto, tudo o que a água representa para a nossa subsis- tência. É o que penso e o que desejo – e que todos nós desejamos. Reflexões sobre a água 111