1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 416

que a unidade dos partidos comunistas e operários tem por base o respeito mútuo e o reconhecimento da independência de cada partido, e que a solidariedade entre comunistas consiste, fundamentalmente, no apoio dos demais partidos à luta revolucionária que cada um realiza em seu próprio país, ajudando-o na aplicação de sua linha política. O VI Congresso considera que foi acertado não enviar representantes do nosso Partido à reunião da Olas, cujas decisões se chocam, no fundamental, com a linha política e tática do nosso Partido. Além disso, não julga conveniente, nem acertado, a constituição, na América Latina, de um centro dirigente revolucionário. A solidariedade indispensável à luta contra o inimigo comum – o imperialismo norte-americano – não pode obscurecer as diversidades no desenvolvimento nacional de cada país da América Latina, os diferentes níveis de desenvolvimento econômico e as diferenças na composição e correlação das forças sociais, fatores todos que tornam inviável a pretensão a ditar o mesmo caminho e idênticas formas de luta para a revolução nos diversos países latino-americanos. O VI Congresso aprova os esforços feitos pelo Comitê Central, através de encontros bilaterais, no sentido de contribuirmos, na medida das nossas possibilidades, para a unidade do movimento comunista internacional. Reafirma o apoio do Comitê Central à realização de uma Conferência de amplitude mundial, que tenha por fim examinar a situação internacional e que, partindo dos princípios aprovados nas reuniões de Moscou, de 1957 e 1960, elabore a linha de ação comum do movimento comunista internacional. Será esta a maneira mais acertada, nas condições atuais, de reforçar a coesão e a unidade do movimento comunista internacional, condição indispensável ao êxito da luta pela paz mundial e contra as manobras agressivas e provocadoras do imperialismo. 414 1964 – As armas da política e a ilusão armada