1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 406
4 – Realização de uma política externa de afirmação da soberania nacional, de defesa da autodeterminação dos povos, pelo
desenvolvimento de relações econômicas e culturais com todos os
países, pela preservação da paz mundial.
As formas concretas que assumirá a unidade das forças democráticas serão ditadas pelo desenvolvimento da luta. Por ser uma
reunião de forças heterogêneas, a frente antiditatorial desenvolve-se simultaneamente com a luta entre os seus próprios componentes. Setores sob a liderança da burguesia procurarão imprimir ao
combate contra a ditadura um curso que não tenha como centro a
mobilização e a organização de amplas camadas da população e lhes
seja mais favorável. Os comunistas defenderão sempre, no seio da
frente única, a necessidade fundamental de organizar e mobilizar o
povo contra o regime ditatorial. Sem prejuízo da sua missão de
defesa dos interesses específicos dos trabalhadores e de todos os
explorados e oprimidos, os comunistas devem empreender a luta
dentro da frente antiditatorial utilizando os meios que possibilitem
a unidade de ação das correntes que dela participam.
A batalha antiditatorial exige um cuidado prioritário pela
unidade das forças mais avançadas da frente única. Os comunistas
obrigam-se, por isso, a dirigir sua atenção permanente para a
aproximação com as diversas correntes que se incluem no movimento de esquerda, principalmente os agrupamentos ou personalidades que defendem os interesses do campesinato e da pequena
burguesia urbana, bem como aqueles que se propõem a defender
os interesses dos trabalhadores e efetivamente se incorporam à
causa do nosso povo.
No combate ao regime reacionário e entreguista, os comunistas devem contribuir ativamente para a articulação do movimento nacionalista, a partir de determinados pontos, que provocam a justa revolta dos patriotas, tais como a defesa das empresas
estatais, da Amazôn