1964 As armas da política e a ilusão armada

povo reservavam-se, como sempre, as migalhas de um novo banquete histórico. Seja como for, o que se depreende de tudo isso é que antes como hoje, embora de formas diferentes, a degradação do jogo democrático, instrumentada principalmente sob a égide do lulopetismo, atrapalha o desenvolvimento institucional saudável, deforma o ambiente político, mantém intacto o curso da tradicional modernização conservadora e impede ao país de conquistar a avançada democracia econômica, social e política que sua maturidade tanto reclama. A obsessão pela manutenção do governo e a perpetuação dos privilégios conquistados com o aparelhamento do Estado tornam as lições de 1964 ainda mais desagradáveis para as forças governistas do momento. Quanto aos partidos da oposição que se dispõem a substituir Dilma e o lulopetismo, há dúvidas se todos eles estão conscientes, na medida do desejável, sobre a necessidade desses ensinamentos. O importante, porém, é que todos aqueles e aquelas, que individual ou coletivamente, compreenderem que o avanço e ampliação da cultura democrática é o único caminho para assegurar um futuro de maior estabilidade, prosperidade e justiça para o Brasil, usem e difundam as lições básicas de 1964 para extirpar definitivamente da nossa vida política as velhas taras e vícios que tanto nos atormentam. 318 1964 – As armas da política e a ilusão armada

1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 320