1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 27

dios, contatando presos políticos e seus familiares assim como instituições e personalidades ligadas à luta pelos direitos humanos e pela Anistia. À frente da comissão, a figura emblemática do senador Teotônio Vilela. Fruto desse trabalho, coordenei a edição de um livro reunindo documentos sobre a batalha da Anistia. No processo da luta pela Anistia, são imorredouras as imagens das visitas que fizemos aos presos políticos, em 1979, nos presídios em que foram jogados pelo Estado policial-militar. A capacidade de luta deles era fantástica, realizando greves de fome para lançar denúncias e manifestos. Recordo uma visita ao presídio na ilha de Itamaracá, quando se travou um debate sobre a amplitude da Anistia. Muitos deles defendiam que se deveria votar contra o projeto se ele não fosse amplo e irrestrito. Mas o que podíamos fazer naquele momento? Manter Arraes, Brizola, Prestes, Gregório, Julião e milhares de brasileiros no exílio? Se não fosse a Anistia, mesmo parcial, não teriam voltado para nos ajudar e se somar a centenas de cassados em seus mandatos ou na sua atividade política na luta democr