1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 142
dos melhores filhos do povo brasileiro, e traumatizou milhares de
famílias atingidas pelas prisões e tortura de seus membros. Fez
algumas reformas importantes, estatizou o que pôde, procurou
modernizar alguns setores da administração pública.
Mas tiveram que deixar o poder com a inflação em disparada, repudiados pelos brasileiros, com o sentimento de que não
conseguiram fazer o que idealizaram, porque nenhum poder tem
sucesso quando se coloca contra o povo. O estamento militar saiu
de cena de cabeça baixa e fazendo um gesto simbólico: o último
general que esteve à frente do regime ditatorial, João Baptista
Figueiredo, não entregou a faixa presidencial ao civil que iria substituí-lo, saiu pela porta dos fundos do Palácio do Planalto e disse
aos jornalistas que o cercavam, “quero que o povo me esqueça”.
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1964 – As armas da política e a ilusão armada