11º1 Edição Única | Page 5

Hoje, eu sou uma adolescente de 16 anos que tem como base de vida os sonhos, porque são eles que me motivam e que me fazem persistir e não desistir daquilo que quero. Há cerca de 7 anos, eu tinha acabado de mudar de escola e estava com muito medo, pois toda a mudança por menor que seja causa medo e tudo o que é novo deixa-nos inseguros. Mas não existe evolução sem mudança.

Este ano letivo colocou-me, muitas vezes, contra obstáculos e fora da minha zona de conforto e considero que ultrapassei alguns deles, mas fiquei desiludida comigo mesma, pois esperava bem mais de mim. Eu sempre fui muito insegura, nem sempre dou valor às minhas capacidades. Eu não sei o que quero para mim e nem o que esperar, pois vejo o futuro como incerto. Hoje, os meus sonhos e planos para o futuro mudaram, abandonei-os pois já não sou a mesma pessoa que os fez há uns meses. A escola começa a ficar cada vez mais difícil, mas são estes desafios que ainda me fazem gostar tanto de estudar. Contudo, muitas vezes penso que não vou chegar a lado nenhum.

Sim, eu mudei. Mudei a minha maneira de ser, estar e pensar. Por mais que a mudança cause medo, devíamos era ter medo de permanecer no mesmo lugar. E são estas transformações que fazem com que a vida não seja um caminho linear e desimpedido.

* Margarida H.

Olá, chamo-me João e tenho dezasseis anos. Neste ponto na minha vida, honestamente, não sei bem quem sou e isso não me incomoda nem um pouco. Ainda tenho muito tempo para descobrir o Eu que realmente sou, até porque a minha personalidade ainda está na sua fase de formação. Além disso, acho que conhecer-se completamente, ao ponto de saber como se reagirá ou o que se fará perante uma determinada situação, é tão aborrecido e monótono que torna a experiência de vida quase que previsível, ao nível emocional.

Quando me perguntam o que quero, poderia usar um cliché e dizer felicidade, uma família e seguir os meus sonhos…e é mesmo isso que quero. Afinal, quem não quer ser feliz e sentir-se bem com outras pessoas e a nível profissional? Com isto, sempre apreciei e fiquei grato com as coisas boas que a vida me deu e ainda me dá, como as pessoas que conheci e me tornaram um ser humano melhor, além da minha família.

Posso também dizer que este período que vivemos faz-me querer ser e fazer o máximo, enquanto existo. E claro que isto inclui mudar com o tempo, coisa que sinto, talvez por não me conhecer lá muito bem, que não aconteceu muito. Sim, algumas coisas mudaram (tornei-me um pouco mais trabalhador, por exemplo), mas há traços meus que, talvez por não os ter perdido até agora, nunca perderei e sempre serão parte dos aspetos que me definem. O certo é que com o tempo me apercebi mais do mal que nos rodeia, mas principalmente das coisas positivas que podemos encontrar à nossa volta e com as quais podemos contar nos piores momentos. Sinto que sou mais feliz…

* João C.

Textos de Reflexão Pessoal